Título: Doce Lar Autor: Regina Zappa Editora: Rocco Número de Páginas: 160 Ano de Publicação: 2005 Skoob:Adicione Compare e Compre:Buscapé
Cândida é uma mulher solitária com uma história de vida traumática, cujos acontecimentos marcaram-na para sempre: a morte prematura de seu irmão, quando ela era ainda uma criança, seguida da de seus pais, anos depois, quando já era uma adolescente. Desde a tragédia com seu irmão, o medo se instalou de tal forma em sua família que Cândida não saía de casa, sua família a mantinha lá dentro para protegê-la. Não só isso, frases que ressaltassem o perigo das ruas ou as tragédias do mundo eram constantes nas conversas entre seus pais e funcionários da casa.
Paralelamente, Letícia é uma jovem atriz que trabalha em uma floricultura para incrementar seu salário. Perdeu sua mãe anos antes, mas é tratada como filha pela dona da floricultura. Em sua noite de estréia, o nervosismo reina em seu interior e só é agravado pelo não comparecimento do namorado Júlio, que some sem deixar explicações. É ao redor da vida dessas duas mulheres que a história se constrói e vai sendo conectada aos poucos.
Se pudesse usar uma palavra para descrever o livro, seria “sombrio”. Toda a história é narrada em terceira pessoa, hora sob a ótica de Cândida, hora sob a de Letícia. Os capítulos da vida de Letícia são os que dão o mistério a história, é a vida dela que faz a narrativa desenrolar. Conforme Letícia junta peças em sua mente, é possível que o leitor também as junte. Os capítulos de Cândida, entretanto, são a chave para tudo. Neles, é possível mergulhar em sua mente, medos, história, descobrir a fundo quem é essa mulher.
Pela maneira de como a personalidade de Cândida é destrinchada na história, não pude deixar de lembrar-me de Clarice Lispector. A escritora tinha a capacidade de revelar o lado mais escuro da personalidade de suas personagens através de cenas quotidianas, e foi isso que enxerguei na escrita de Regina Zappa sobre Cândida. Até que me deparei com um trecho o qual confirmou minhas suspeitas e que praticamente traduziu meus pensamentos:
Foi até seu quarto e pegou um dos livros de Clarice Lispector que já lera pelo menos três vezes. Era uma de suas autoras preferidas. Adorava seu estilo diferente, sua capacidade de mostrar a verdade de cada um escondida na normalidade da rotina. Gostava das armadilhas que ela preparava com sua simplicidade enganosa.
Página 108
Fiquei impressionada com o livro. Alguns pontos consegui descobrir antes de serem revelados, mas outros me deixaram boquiaberta. O final, principalmente, foi o que mais me surpreendeu, mas não pelo acontecimento em si, mas sim por como a autora construiu tudo para que culminasse daquela forma. Somente ao terminar a leitura você percebe as estratégias de escrita, a maneira como a autora fundiu realidade e ficção tão sutilmente a ponto de ser imperceptível.
Essa não foi uma leitura comum, de uma história comum. Como disse, o livro é sombrio e infelizmente não poderei explicar o porquê sem soltar algum spoiler. Gostei muito da narrativa dos capítulos de Cândida, mas achei que os diálogos, nos capítulos de Letícia, deixaram um pouco a desejar, porque não transcorriam naturalmente. Tive a sensação de serem um pouco “artificiais” e isso me mantinha mais distante da história. Entretanto, a leitura é rápida, de uma maneira geral, até porque o livro tem apenas 159 páginas.
Recomendo a leitura porque achei brilhante como a Regina Zapa desenvolveu a história e pelos recursos que utilizou para isso. Porém fica o aviso: não espere algo leve ou agradável. Esteja preparado para encarar o que há de mais sombrio na alma humana quando há o desejo de reconstruir e reencontrar aquilo que foi há muito tempo perdido.
Gente, esse foi um post histórico.
Gravem esse momento.
Eu, Aione Simões, também conhecida como Mi, fiz uma resenha de tamanho médio. Essa é até pequena para os meus parâmetros. E juro que enquanto escrevo isso, o tempo lá fora está fechando. Portanto, desculpem-me se eu causar algum dilúvio por ai devido a esse fato inédito.
O livro é pequeno e não há muito que possa falar dele sem contar algum fato importante!
De qualquer forma, espero que tenham gostado 😉
A história parece bem legal e sombria como você disse… Entretando ” diferente “. Acredito, pelo que me parece, que aborda muito o medo, certo? Então, nunca havia visto um livro com uma resenha semelhante…Por isso me parece ” diferente “… Hehe…
A resenha é bem pequena, mas dá pra ficar com um pontinho de curiosidade, né? heh Beijão!
Sabe, pelo título eu achei que se tratasse de um livro de Chico Xavier, HSAUSHUAHSUAHUSHSAUHS. Só agora que fui dar conta que o nome é Doce Lar, não Nosso Lar, SHAUHS. Enfim, devo admitir que não achei que fosse me interessar pela capa (julgo pela capa infelizmente) mas eu me interessei pela história. Gosto dessa coisa sombria como você disse! Adorei a resenha e realmente antes de ler o que você disse percebi que está menor do que o normal, HSUAHS, mas mesmo assim a qualidade das suas resenhas nunca muda 😀
Gostei que você passou bem sobre O QUE se trata o livro – curti a resenha! Porém, não fiquei com vontade der ler a história. Poxa, acabei de sair de uma super alegre, acho que não consigo pensar em histórias sombrias agora! Hahahaha :3 Xx! Ni 😀
ahsuash é normal fazer uam resenha pequena e sem zuar ficou a melhor que vc já fez. Simples e objetiva. O que se tem que falar e pronto , na de enrolação. Parabens e o livro não chamou muito minha atenção.
hahaa post épico! a resenha está ótima; me interessei pelo livro; parece ser bem surpreendente apesar de tambem ter lembrado de chico xavier kkk beijos!
Gosto de livros mais ‘sombrios’ assim. Gostei de sua resenha também (se eu conseguisse fazer metade dela, ficaria muito feliz. As minhas são minúsculas, sério)… Não conhecia o livro mais confesso que fiquei com vontade de lê-lo. Irei procurá-lo por aqui… 🙂
Legal ver o livro por duas visões diferente. Amo final surpreendentes, que sejam impactantes, ou fujam do padrão ou simplesmente são incríveis em sua essência. Amo livros sombrios, fogem do padrão. Realmente Aione, vou até marca no calendário. kkkkkkkkkkkkk Caramba tá nevando aqui. Socorro, culta tua Aione! kkkkkkkkkkkkkk bj!
Oi Aione, puxa vida você soube mesmo como prender a atenção hein, dizer que o livro é sombrio já me deixou cheia de curiosidades para ler, ainda mais sendo uma leitura rápida. Confesso que não conhecia este livro, mas fiquei interessada de verdade.
Mii, não está tão pequeno assim não rsrsrs De qlqr forma me identifico totalmente com você nessa questão dos posts enormes e até agora não me recordo de nenhum médio!
Adorei a sua resenha ^^ O livro realmente não me chama tanta atenção, porém a resenha sim! Parece ser uma trama sombria, mas pelo fato de não poder ser revelado muita coisa ou acabaria perdendo a graça, a gente fica meio no escuro, sem saber muito o que esperar! A Clarice Lispector posso dizer que gosto bastante, se a autora tem um estilo parecido com o dela pelo menos é algo que vale a pena ser conferido!
Mas não poderia deixar de comentar, adorei o nome do livro! Cabe perfeitamente nessa história!
Aione, se chover aqui de novo por causa de ti, vou te pegar e te dar umas palmadas independente de quanto tempo e dinheiro isso leve! UAhiauhUIa Fala sério, fazia uns 10 dias que estava chovendo aqui, e só hoje – graças – acordei com um dia lindo de sol.
A resenha está ótima, mesmo curtinha. Não conhecia o livro e a autora ainda, mas fiquei curiosa para ler. Gosto quando um autor aborda a “alma” humana, independentemente do quanto isto é escuro.
Vi este livro na biblioteca da minha cidade e não me interessei ao ler a sinopse, mas depois de ler a sua resenha… Sabe que fiquei até curiosa? Principalmente em saber qual o motivo do livro ser sombrio. Beijos. Books e Desenhos
Entendi agora porque está chovendo hoje então! Mas apesar de estar menor do que o normal, está boa como sempre. Confesso que esse livro nunca me atraiu, mas gostei da resenha, e adoro livros misteriosos. 🙂 Beijos!
HIOAEHIOAE Amei seu comentário! Poo, por isso que tá chovendo aqui? Sei como é isso, fazer uma resenha comprida é difícil mesmo! 😀 Achei interessante esse livro, mas nunca ouvi falar, confesso.
Muito boa a resenha, Aione. Eu não conhecia o livro. E parece muito legal! É bom valorizar nossa literatura, afinal, tem tanta coisa boa e a gente não sabe… rsrs. Olha, pela capa eu não diria que ele tem este tema e abordagem. Achei muito legal. Gosto de ser surpreendido! Enfim, adorei! Bjão!
Então a chuva que rolou foi por sua causa?! kaoakoak Brincadeira Mi ^^
Não conhecia esse livro, mas seus comentários aguçaram minha curiosidade, gosto de histórias que fogem do comum, ainda mais hoje que os livros seguem o mesmo estilo. Vou procurar mais sobre ele!
A história parece bem legal e sombria como você disse… Entretando ” diferente “. Acredito, pelo que me parece, que aborda muito o medo, certo? Então, nunca havia visto um livro com uma resenha semelhante…Por isso me parece ” diferente “… Hehe…
A resenha é bem pequena, mas dá pra ficar com um pontinho de curiosidade, né? heh
Beijão!