setembro 9, 2012 - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
09

set
2012

Coluna da Duhau #34 – O Cotidiano da Língua

Oi, pessoal. Tudo bom com vocês? E o feriado, como foi? Aproveitaram bastante? Bom, no meu caso, o meu feriado me serviu muito bem pra descansar desse final de semestre atribulado que tô tendo depois que minha faculdade voltou da greve (pois é, ainda tô no primeiro semestre de 2012).
Mas não tô aqui pra falar dos meus problemas pessoais e sim pra trazer mais um post pra vocês sobre nossa querida língua portuguesa.
Dessa vez trouxe algumas palavras e/ou expressões que falamos no dia a dia e que, na maioria das vezes, nem percebemos que estamos cometendo algum errinho. Então prestem bem atenção para poderem ficar mais atentos no cotidiano de vocês.
Vamos lá:

Ao nível de –
Costumamos falar a nível de. Essa expressão só deve ser utilizada com o significado de à mesma altura, porém com o artigo o antecedendo o substantivo nível.
Exemplo: Gosto de estar ao nível do mar.
Qualquer outro significado que queira dar a essa expressão estará inadequado ao padrão culto de nosso idioma. Deve-se substituí-la por em termos de, em se tratando de, quanto a.
Exemplo: Em se tratando de curiosidades, essa é bem interessante. (e não A nível de curiosidades…)

– Verbo Haver –
O verbo haver pode ter muitos significado e sentidos, porém, atualmente, o usamos em dois sentidos principais, que são o de auxiliar de locução verbal e como verbo impessoal.
Locução verbal: Nesse caso tem o mesmo valor do verbo ter. (Geralmente junto de um verbo no particípio)
Exemplo: Ele tinha pedido demissão = Ele havia pedido demissão.
Verbo impessoal: Será impessoal quando tiver o significado de existir ou acontecer, ou ainda quando indicar tempo decorrido.
Exemplos: Haverá deuses enquanto alguém acreditar neles = Existirão deuses enquanto alguém acreditar neles.
Há vinte e sete anos casei-me com Joana = Casei-me com Joana faz vinte e sete anos (tempo decorrido)
– A persistirem os sintomas –
As vezes escutamos, principalmente em propagandas de remédios, a frase “ao persistirem os sintomas um médico deverá ser consultado”. Na verdade, a forma correta seria a persistirem, pois é uma frase que indica condição e não tempo, ou seja, o enfermo deverá procurar orientação médica se os sintomas persistirem e não quando os sintomas persistirem. (Ao + infinitivo = ideia de tempo)
– Ao invés de e Em vez de –
Ao invés de indica oposição, situação contrária. Em vez de significa substituição, simples troca.
Exemplos: Descemos, ao invés de subir.
Em vez de ir ao cinema, fui ao teatro.
– Nós viemos e Nós vimos –
Nós viemos é o verbo vir no pretérito perfeito do indicativo, ou seja, no passado. Nós vimos é o verbo vir no presente do indicativo.
Exemplos: Ontem, nós viemos procurá-lo, mas você não estava.
Nós vimos aqui, agora, para conversar sobre nossos problemas.
Engraçado como o português, sem a devida atenção, pode nos pregar peças, né? Por isso é imprescindível sempre estarmos nos atualizando e buscando novos conhecimentos para que possamos estar sempre a par de todas as mudanças e dessas milhões de regrinhas.
De qualquer maneira, espero que o post tenha sido útil e vocês tenha gostado.
Beijo e uma ótima semana a todos! o/

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