Theresa perdeu sua crença no amor e nos relacionamentos desde que a traição de seu ex-marido resultou no divórcio de ambos. Três anos e algumas tentativas – frustrantes – de relacionamentos depois só aumentaram seu sentimento de solidão, apesar da excelente relação que mantém com seu filho Kevin, de 12 anos. Um dia, ao andar pela praia de Cape Code, se depara com uma garrafa trazida pelo mar, dentro da qual está uma mensagem de um homem apaixonado para sua falecida esposa. As palavras de Garreth a tocam profundamente e, após receber outras duas de suas cartas de maneira completamente inusitada, ela decide conhecer o homem por trás dessas palavras, dando início a um encontro que poderá modificar para sempre a vida dos dois.
“- Por que isso é tão importante para você?
– Porque sei reconhecer quando uma história é boa. Mais do que isso, acho que essa carta seria importante para muita gente. Hoje em dia as pessoas estão tão atarefadas que parece que o romantismo está morrendo aos poucos. A mensagem mostra que ele ainda está vivo.”
Uma Carta de Amor foi o segundo romance publicado por Nicholas Sparks, em 1998, já tendo sido publicado no Brasil em uma edição esgotada da Editora Objetiva. No último mês, a Editora Arqueiro lançou novamente a obra, com uma diferente capa, mas mantendo o título anterior.
Dentre os livros do autor, esse foi um dos que li mais rapidamente, uma característica incomum para mim com relação as suas obras. Normalmente, minha experiência com os livros de Sparks acaba sendo de leituras mais lentas, nas quais me sinto degustar as palavras do autor. Nesse caso, contudo, a ansiedade em conhecer os fatos da trama, bem como a própria narrativa mais ágil do autor, em minha opinião, fizeram com que eu mal tivesse vontade de interromper a leitura.
Os capítulos são narrados em terceira pessoa por Theresa, em sua maioria, tendo alguns momentos sob a ótica de Garreth. Também, em determinadas cenas, é possível observar alterações cronológicas da história, descrevendo situações passadas para, em seguida, retornar ao presente.
Foi principalmente o mistério envolvendo as cartas de Garreth que me fez querer avançar na leitura. Porém, depois de muitos acontecimentos terem se desenrolado, me vi tão próxima de Theresa e Gareth que minha primeira motivação ficou em segundo plano. A partir de então, o que me importava era descobrir se ambos conseguiriam vencer os obstáculos entre eles, além de suas próprias barreiras. Ainda assim, quando o suspense inicial finalmente foi desvendado, me peguei suspirando por ele, encantada por mais uma bela história criada pelo autor.
“- Seja qual for a sua decisão, lembre-se de que você terá que continuar sua vida sem olhar para trás. Se tem certeza de que Garreth pode lhe dar o tipo de amor de que você precisa e que vai ser feliz com ele, então terá que fazer de tudo para ficar com ele. O amor verdadeiro é raro, e a única coisa que dá sentido genuíno à vida.”
página 210
Ainda que eu já soubesse parte do desfecho por conta de um spoiler lido há muito tempo – daquele tipo impossível de se esquecer -, o livro em nada me desagradou. Sparks mais uma vez soube como transmitir sua mensagem de esperança, acima de tudo, aquecendo meu peito ao virar a última página.
Aos fãs de romances, principalmente das obras do autor, Uma Carta de Amor é uma leitura deliciosamente emocionante e imperdível.
Fazia tempo né Mi?
Então flor, lembro de ter visto algum dia na vida esse filme. Mas me recordo muito pouco.
Acho que Sparks escreve livros que seria típicos futuros roteiros. Mas realmente, algumas coisas funcionam melhor nos livros e outras na tela. Então é normal acontecerem essas mudanças, porque para um autor que gosta de “melodramas” o que conta na inspiração de sua história e a essência e não os detalhes.
Que pena que houve essa discrepância com a razão das cartas ao mar. Não li o livro, então ainda posso me surpreender.
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