[Livros Na Telona] Uma Carta De Amor - Nicholas Sparks - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
08

abr
2014

[Livros Na Telona] Uma Carta De Amor – Nicholas Sparks

Sobre o Livro

 

Título: Uma Carta de Amor
Autor: Nichols Sparks
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 288
Ano de Publicação: 2014
Skoob: Adicione
Orelha de Livro: Adicione
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Theresa perdeu sua crença no amor e nos relacionamentos desde que a traição de seu ex-marido resultou no divórcio de ambos. Três anos e algumas tentativas – frustrantes – de relacionamentos depois só aumentaram seu sentimento de solidão, apesar da excelente relação que mantém com seu filho Kevin, de 12 anos. Um dia, ao andar pela praia de Cape Code, se depara com uma garrafa trazida pelo mar, dentro da qual está uma mensagem de um homem apaixonado para sua falecida esposa. As palavras de Garreth a tocam profundamente e, após receber outras duas de suas cartas de maneira completamente inusitada, ela decide conhecer o homem por trás dessas palavras, dando início a um encontro que poderá modificar para sempre a vida dos dois.

 

“- Por que isso é tão importante para você?
– Porque sei reconhecer quando uma história é boa. Mais do que isso, acho que essa carta seria importante para muita gente. Hoje em dia as pessoas estão tão atarefadas que parece que o romantismo está morrendo aos poucos. A mensagem mostra que ele ainda está vivo.”
página 40

 

Uma Carta de Amor foi o segundo romance publicado por Nicholas Sparks, em 1998, já tendo sido publicado no Brasil em uma edição esgotada da Editora Objetiva. No último mês, a Editora Arqueiro lançou novamente a obra, com uma diferente capa, mas mantendo o título anterior.
Dentre os livros do autor, esse foi um dos que li mais rapidamente, uma característica incomum para mim com relação as suas obras. Normalmente, minha experiência com os livros de Sparks acaba sendo de leituras mais lentas, nas quais me sinto degustar as palavras do autor. Nesse caso, contudo, a ansiedade em conhecer os fatos da trama, bem como a própria narrativa mais ágil do autor, em minha opinião, fizeram com que eu mal tivesse vontade de interromper a leitura.
Os capítulos são narrados em terceira pessoa por Theresa, em sua maioria, tendo alguns momentos sob a ótica de Garreth. Também, em determinadas cenas, é possível observar alterações cronológicas da história, descrevendo situações passadas para, em seguida, retornar ao presente.
Foi principalmente o mistério envolvendo as cartas de Garreth que me fez querer avançar na leitura. Porém, depois de muitos acontecimentos terem se desenrolado, me vi tão próxima de Theresa e Gareth que minha primeira motivação ficou em segundo plano. A partir de então, o que me importava era descobrir se ambos conseguiriam vencer os obstáculos entre eles, além de suas próprias barreiras. Ainda assim, quando o suspense inicial finalmente foi desvendado, me peguei suspirando por ele, encantada por mais uma bela história criada pelo autor.

 

“- Seja qual for a sua decisão, lembre-se de que você terá que continuar sua vida sem olhar para trás. Se tem certeza de que Garreth pode lhe dar o tipo de amor de que você precisa e que vai ser feliz com ele, então terá que fazer de tudo para ficar com ele. O amor verdadeiro é raro, e a única coisa que dá sentido genuíno à vida.”
página 210

 

Ainda que eu já soubesse parte do desfecho por conta de um spoiler lido há muito tempo – daquele tipo impossível de se esquecer -, o livro em nada me desagradou. Sparks mais uma vez soube como transmitir sua mensagem de esperança, acima de tudo, aquecendo meu peito ao virar a última página.
Aos fãs de romances, principalmente das obras do autor, Uma Carta de Amor é uma leitura deliciosamente emocionante e imperdível.
Sobre o Filme

Algo difícil para os leitores, muitas vezes, é assistir à adaptação de um filme e encontrar nela diferenças com relação ao que foi lido. Entretanto, a palavra “adaptação” implica justamente no filme ser baseado na obra original, e não sua perfeita cópia. Sendo assim, Uma Carta de Amor é um típico exemplo de um livro adaptado: a essência da história, bem como seus principais momentos, estão presentes, porém em meio a algumas outras mudanças para deixar a trama em um formato melhor para o cinema, com um maior apelo dramático.

Como muitos dos obstáculos encontrados pelos personagens no livro são questões intrínsecas a cada um, seria mais difícil fazer essa transposição para o filme, uma vez que pensamentos nem sempre são possíveis de serem mantidos nas telas. Assim, algumas das mudanças no roteiro são justificadas por isso: de uma maneira um pouco diferente, as dificuldades enfrentadas pelas personagens não deixaram de ser transmitidas. Por exemplo, Garreth apresenta uma grande resistência em se libertar de seu passado. Enquanto, no livro, isso é relatado de acordo com seus próprio pensamentos, foi inserido, no filme, um conflito com a família de Catherine inexistente no original, mas que deixam claras as mesmas dificuldades.

Além disso, outras pequenas alterações são observadas provavelmente para tornarem mais fácil a aceitação desses acontecimentos por parte do espectador. Novamente, muitas ações se justificam, em um livro, pelo processo de raciocínio das personagens: temos acesso direto aos seus sentimentos e pensamentos e, assim, aceitamos com mais facilidade suas ações. Em um filme, como isso nem sempre é possível, torna-se necessário modificar acontecimentos para que o espectador compreenda com mais facilidade as decisões tomadas pelos protagonistas sem questionar a veracidade do enredo.

Um detalhe que costuma estar presente nos filmes adaptados de livros de Nicholas Sparks, mas que em nada influencia no roteiro, é a discrepância entre a descrição física dos personagens e dos atores escolhidos. Enquanto Theresa é morena e mais velha do que Garreth, Robin Wright Penn é loira e Kevin Costner é claramente mais velho do que a parceira. Ainda assim, gostei da escolha dos personagens e da maneira de como mantiveram a história com um ar mais maduro, além de terem apresentado um bom relacionamento entre si. Também, retrataram bem a personalidade de cada personagem, algo substancial com relação ao original.
Talvez, o único ponto que não tenha me agradado por completo tenha sido o final: além de ter achado o tom de sua mensagem um pouco diferente da mensagem do livro, um detalhe foi ocultado: o motivo para Garreth ter lançado suas mensagens para Catherine ao mar. Esse foi um dos momentos mais bonitos, para mim, no livro, e esteve completamente ausente no filme.
Embora o filme tenha sido bastante diferente do livro em diversos aspectos, gostei da adaptação, de um modo geral, e gostei do filme isoladamente. Vale a pena conferir, principalmente se você for um romântico de plantão!
Confira o trailer do filme!





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9 Respostas para "[Livros Na Telona] Uma Carta De Amor – Nicholas Sparks"

Lise Orsi - 08, abril 2014 às (12:17)

Fazia tempo né Mi?
Então flor, lembro de ter visto algum dia na vida esse filme. Mas me recordo muito pouco.

Acho que Sparks escreve livros que seria típicos futuros roteiros. Mas realmente, algumas coisas funcionam melhor nos livros e outras na tela. Então é normal acontecerem essas mudanças, porque para um autor que gosta de “melodramas” o que conta na inspiração de sua história e a essência e não os detalhes.

Que pena que houve essa discrepância com a razão das cartas ao mar. Não li o livro, então ainda posso me surpreender.

liliescreve.blogspot.com

Dyana Colares - 09, abril 2014 às (02:27)

Esse livro quase me fez chorar no meeeeeeeeeio da faculdade hahaha achei lindo demais e QUE FINAL…….. MEU DEUS. :~ Amo os livros do Nicholas. Ele nunca me decepciona. <3 Quero ver o filme agora 😉
Ótima resenha!

Beijos!

Tais Bruna - 09, abril 2014 às (11:15)

Oi Mi,

Já assisti a esse filme a muito tempo atrás e gostei, na época nem imaginava que ele era de um livro do Sparks.
Assim como acontece com você a minha leitura sempre é mais lenta nos livros dele, creio que preciso estar totalmente no clima para ler as suas histórias para que a leitura flua.
Desejo ler o livro um dia sim e também deu vontade de rever o filme, já que faz tempo que não assisto.

Bjs
Tais
http://www.leitorafashion.com.br

Manu Hitz - 10, abril 2014 às (11:12)

Mi, querida, não sabia que o filme era uma adaptação do livro do Sparks. Nossa, gostei tanto desse filme! Assim como Noites de Tormenta, que só vi o filme e depois soube que tb era do Sparks. Honestamente? Prefiro as adaptações. Não consegui me envolver com as leituras do autor, acho que falta mais poesia na escrita, percebo muitos clichês e isso me incomoda… Mas não quero ser tão dura nem generalita com o escritor, afinal foram duas tentativas de lê-lo e não fui bem sucedida… O fato é que os filmes são lindos. Mas não sei se me arriscaria em mais uma leitura do grande vendedor de livros românticos.

Lindsay Leão - 11, abril 2014 às (14:44)

Oi Mi,
Realmente nunca um personagem literário do Nicholas Sparks é parecido com o ator/atriz escolhido para a obra cinematográfica. Claro que na maioria das vezes os atores escolhidos são bonitos e possuem até uma característica ou outra, mas no geral, são bem bem diferentes daquilo que a gente imagina.
Nesse caso especificamente, eu gostei mais do livro que do filme. É lindo e bem ao velho estilo de Nicholas Sparks, sempre genial!
Beijos

nah - 01, maio 2014 às (21:35)

amo esse livro!!!! eu li anos atrás..mas só nao entendi uma coisa…a primeira edição era um livro enorme…um tijolo… e essa só tem duzentas e poucas paginas//////?? …… nÃO entendi…. bjoooo

Aione Simões - 01, maio 2014 às (21:43)

Oi flor!
Talvez o tipo da edição (tamanho da fonte, estilo da margem, tipo de papel) tenha influenciado no livro ser mais grosso do que essa nova, mas a Arqueiro manteve a história na íntegra 🙂
Beijão!

Fabiola Luz - 13, agosto 2014 às (14:58)

Geralmente os livros do Nicholas são bem adaptados para o cinema. É claro que algumas mudanças são necessárias. Esse foi o primeiro filme baseado em livro dele que vi. Vi no cinema e na época estava no ensino médio. Lembro que amei a história. Mas só fui ler um livro dele 5 anos depois e foi Uma Curva na Estrada. Minha coleção está quase completa e vou começar a colecionar os filmes em DVD. Beijos!!

Luana Oliveira - 10, junho 2020 às (09:13)

Oiee.
Adoro Nicholas Sparks amo muito os livros e quando vira filme amo mais ainda termino seus livros em 1 dia quando começo não paro mais me prende as historias de amor que ele escreve.

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