Título: Eu odeio te amar
Autor: Liliane Prata
Editora: Gutenberg
Número de Páginas: 240
Ano de Publicação: 2015
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Débora estava prestes a viver o dia mais feliz de sua vida. Tudo estava pronto para o casamento perfeito com Felipe, o noivo mais lindo e fofo que alguém poderia ter. O apartamento estava arrumado, e todos os detalhes da lua de mel na Grécia, acertados. Até um novo emprego na redação de uma revista feminina a esperava na volta da viagem. Seria o começo de uma nova etapa de uma vida com a qual ela sempre sonhou. Na véspera da cerimônia, o noivo precisou ficar até mais tarde no escritório para resolver as últimas pendências, e ela resolveu fazer uma surpresa e aparecer sem avisar. Mas quem foi surpreendida foi ela: pegou Felipe em flagrante com a irmã do sócio, na situação mais comprometedora possível. O que fazer? Armar um escândalo e terminar tudo? Esquecer o que viu, casar e ser feliz para sempre? O que fazer quando se sente, ao mesmo tempo, um amor profundo e um ódio avassalador? Para Débora, a resposta é: criar um plano maluco para sair dessa situação e dar a volta por cima!
Sendo fã de chick-lits, não demorei a me interessar por Eu odeio te amar, romance nacional assinado por Liliane Prata, ex-colunista da revista Capricho e atual editora da revista Claudia. Não apenas a premissa da obra é cativante, como também sua capa é completamente atrativa – o primeiro indício do ótimo trabalho realizado pela editora Gutenberg.
Em primeira pessoa, quem narra a história é Débora, jovem de 24 anos que flagra uma traição de seu noivo em plena véspera de casamento e decide se vingar, incapaz de conter todos o sofrimento e humilhação gerados pela cena presenciada.
“Uma parte de mim (a parte mais racional, acho) me diz para eu terminar tudo. Mas o resto de mim, eu preciso admitir… O resto de mim não quer admitir que esse sonho acabou, sabe?”
página 21
Desde as primeiras páginas, é notória a habilidade da autora em envolver o leitor. Através de uma escrita fluida, rápida e divertida, o avançar da leitura é natural, bem como a proximidade com a protagonista. Além disso, os vários diálogos entre os personagens, especialmente através de SMS e redes sociais, contribuíram ainda mais com a fluidez da leitura.
Embora o livro seja bastante leve e divertido, foi impossível não me envolver com os sentimentos de Débora, o que culminou em uma leitura angustiante em muitos momentos: ao mesmo tempo em que me compadeci de seu sofrimento, fiquei inquieta com suas atitudes e escolhas, desejando que ela passasse a enxergar os fatos com mais maturidade e clareza, e tomasse melhores decisões. Ainda assim, tudo isso apenas tornou a história mais envolvente e, também, mais divertida, considerando-se o absurdo do plano criado pela protagonista. Vale dizer, também, que a presença de sua melhor amiga, Sofia, contribuiu muito com a trama, devido à sensatez característica dessa e aos conselhos por ela dados à Débora. Sofia é quem exerce o papel da razão e da maturidade no enredo.
“Eu queria desabafar, falando que minha chefe pede para as leitoras terem ‘autoestima’ e ‘gostarem de si mesmas do jeito que são’ enquanto ela própria se xinga de todos os nomes quando come meia colher de café de Nutella, mas melhor deixar quieto.”
página 106
Eu odeio te amar apenas me decepcionou, em partes, ao chegar nos últimos capítulos. Senti que tanto a velocidade dos acontecimentos aumentou próximo do fim como também as emoções de Débora, trabalhadas de forma tão intensa ao longo da obra, pareceram um tanto quanto superficiais nesses capítulos. Embora a ideia do livro seja sobretudo a de ser leve e divertido, acredito que a maneira, de certa forma, informal com que seus sentimentos foram expostos não me permitiu realmente acreditar neles. Ainda, a explicação dada aos fatos que originaram a história em nada me convenceram, fazendo com que eu tenha me sentido insatisfeita com a resolução da trama.
De qualquer maneira, mesmo que o final tenha deixado um pouco a desejar para mim, Eu odeio te amar me proporcionou uma gostosa e divertida leitura, algo que não teria sido possível não fosse a habilidade e criatividade de Liliane Prata ao desenvolver sua obra.
Oi Aione…
Com uma premissa, e capa dessas, como não desejar a obra?
Eu gosto de chick-lits, mesmo lendo pouco nos últimos tempos. Narrativas assim sempre tornam mesmo mais ágeis a leitura, mas que pena que foi meio corrido no final, e pouco convincente. Mesmo assim, ainda desejo ler o livro.
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