Título: No Escuro
Autor: Elizabeth Haynes
Editora: Intrínseca
Número de Páginas: 334
Data de Publicação: 2013
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Catherine aproveitou a vida de solteira por tempo suficiente para reconhecer um excelente partido quando o encontra: lindo, carismático, espontâneo… Lee parece bom demais para ser verdade. Suas amigas concordam plenamente e, uma por uma, todas se deixam conquistar por ele.
Com o tempo, porém, o homem louro de olhos azuis, que parece o sonho de qualquer mulher, revela-se extremamente controlador e faz com que Catherine se sinta isolada. Amedrontada pelo jeito cada vez mais estranho de Lee, Catherine tenta terminar o relacionamento, mas, ao pedir ajuda aos amigos, descobre que ninguém acredita nela. Sentindo-se no escuro, ela planeja meticulosamente como escapar dele.
Quatro anos mais tarde, Lee está na prisão e Catherine, agora Cathy, tenta reconstruir a vida em outra cidade. Apesar de seu corpo estar curado, ela tornou-se uma pessoa bastante diferente. Obsessivo-compulsiva, vive com medo e insegura. Seu novo vizinho, Stuart Richardson, a incentiva a enfrentar seus temores. Com sua ajuda, Cathy começar a acreditar que ainda exista a chance de uma vida normal. Até que um telefonema inesperado muda tudo.
Ousado e poderoso, convincente ao extremo em seu retrato da obsessão, No escuro é um thriller arrebatador.
No Escuro chamou minha atenção desde seu lançamento, em 2013, tanto por sua sinopse intrigante quanto por suas recomendações mais do que positivas. Agora, ao finalmente ter tido a oportunidade de lê-lo, pude constatar todo seu renome.
O livro traz a história de Catherine em dois diferentes momentos de sua vida: o atual, em 2008, e o passado, em 2003, ano no qual os acontecimentos por ela vividos desencadearam sua vida presente. Em capítulos intercalados entre passado e presente, sempre em primeira pessoa, acompanhamos duas Catherines praticamente opostas. A atual sofre de TOC e síndrome do pânico, amedrontada por conta do relacionamento abusivo que viveu e da agressão por ela sofrida em decorrência de tal relacionamento. A Catherine de 2003, por sua vez, é desinibida e feliz, aproveitando sua vida de solteira, e temos, aos poucos, as modificações passadas por ela ao conhecer Lee – aquele que viria a ser seu agressor.
Como logo no início da trama temos a transcrição do julgamento de Lee, ocorrido em 2005, sabemos que Catherine foi agredida por ele. Porém, o que Elizabeth Hayes faz é nos mostrar a forma de como isso acaba por acontecer, permitindo que o leitor, acima de tudo, compreenda a posição da protagonista – algo extremamente importante principalmente com relação a essa temática. Assim, Catherine representa milhares de outras mulheres que, infelizmente, se encontram ou já se encontraram em situações semelhantes, e muitas vezes julgadas por se “permitirem” viver dessa maneira. O que a autora faz é justamente quebrar essa visão, demonstrando o quão complicada é a questão da violência contra a mulher e dos relacionamentos abusivos. E a narrativa atual da protagonista não é menos angustiante. Encarar todas as dificuldade que ela ainda enfrenta e conhecer os traumas deixados por seu passado é, no mínimo, aterrorizante.
Conforme os acontecimentos atuais se desenvolvem, vamos nos perguntando o quanto eles são reais e o quanto são frutos dos medos de Catherine, comprovando, assim, a força desse thriller psicológico, que cumpre muitíssmo bem seu papel no gênero. Embora, de certa forma, alguns desenrolares tenham sido previsíveis, achei o desenvolvimento da trama como um todo bastante satisfatório, além de ter me envolvido muito com a leitura e ter me sentido compelida a avançar nela.
De modo geral, a leitura de No Escuro foi válida não só por sua qualidade como thriller psicológico, mas principalmente pelo assunto nele abordado. Uma leitura, mais do que viciante, extremamente marcante e digna de atenção no contexto da violência contra a mulher.
Oi, Aione! Também achei que o livro cumpriu muito bem seu papel para o gênero. A autora trabalhou tudo tão bem, que não consegui mais parar de ler. E, acredito que como foi a intenção da autora, ela com certeza quebrou minha visão sobre o assunto, pois não é tão fácil assim abandonar seu parceiro.
Que bom que também gostou da obra, ela é muito boa mesmo! Já estou até procurando outros livros da autora rs
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