[Resenha] Confissões de Inverno - Brendan Kiely - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
06

nov
2015

[Resenha] Confissões de Inverno – Brendan Kiely

Confissoes de inverno_Capa WEB

Título: Confissões de Inverno
Autor: Brendan Kiely
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 224
Ano de Publicação: 2015
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À medida que sua família se desintegra, Aidan Donovan, um adolescente de 16 anos, procura consolo em estimulantes químicos, no estoque de bebidas do pai e nas atenções do padre Greg, o único adulto que realmente o escuta. O Natal chega e seu mundo entra em colapso quando ele reconhece o lado obscuro do afeto que o padre Greg lhe dedica. Enquanto tenta dar sentido à própria vida, Aidan conta com o apoio de um grupo de amigos desajustados: Josie, a garota por quem se apaixona; a rebelde e espontânea Sophie; e Mark, o carismático capitão da equipe de natação. Confissões de inverno mostra as formas pelas quais o amor pode ser usado como uma arma contra a inocência – mas também pode, nas mãos certas, restaurar a esperança e até a fé. O corajoso romance de estreia de Brendan Kiely expõe o mal que os segredos mais profundos que guardamos podem causar e prova que a verdade liberta e abre caminho para o amor.


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Brendan Kiely é mestre em escrita criativa e autor de diversos artigos publicados na área da ficção. Confissões de Inverno, seu romance de estreia, traz uma proposta de enredo muito interessante e instigante a primeira vista.

O livro conta a história de Aidan Donovan, um garoto de 16 anos que possui uma relação familiar bastante fragilizada com seus pais. Para fugir da realidade difícil, o adolescente busca refúgio nas drogas. A única pessoa com quem ele pode contar para falar sobre seus problemas e pedir conselhos é o padre Greg, que, além de amigo da família, parece ser o único que o compreende e com quem ele sempre busca refúgio. No entanto, essa relação possui um lado obscuro e difícil de digerir, trazendo à tona questões referentes ao que ocorre por trás dos muros de determinadas instituições religiosas, sendo resguardado e pouco comentado: o assédio sexual contra crianças e adolescentes.

A partir desse fato, já notamos que a leitura não é tão leve, apesar da escrita do autor ser bastante fluida e de fácil compreensão; o tema retratado é que impõe certo incômodo.

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A narrativa é em primeira pessoa, dessa forma acompanhamos tudo pela visão de Aidan. Os cenários de inverno junto com o Natal ajudaram a compor um plano de fundo mais melancólico e, ao mesmo tempo em que há todo esse clima de festas, há também toda dor do nosso protagonista e os ressentimentos em seu coração. Uma das coisas que mais me causou revolta com os personagens desse livro é que a maioria me pareceu muito omisso a tudo que estava ocorrendo, e quanto mais eu lia, mais apareciam fatos que me incomodavam e que, a meu ver, tiveram resoluções insuficientes para o tipo de problema que foi colocado como central.

É um livro bem escrito, que traz personagens aparentemente comuns, mas com vidas conturbadas e repletas de segredos. Traz uma temática polêmica e importante de ser debatida. Expõe de certo modo, as contradições de uma figura religiosa que prega o amor, mas que, na prática, se revela uma pessoa asquerosa. Certamente o livro funcionará de diferentes modos para cada leitor; para mim, apesar de ter sido uma leitura bacana e que deixou certas reflexões, não conseguiu me cativar. De todo modo, a trama expõe uma temática importante e que pode servir de alerta para todos.





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15 Respostas para "[Resenha] Confissões de Inverno – Brendan Kiely"

rayane colomes - 06, novembro 2015 às (11:01)

que triste!!! bom a historia pelo que vc resenhou para ser bem triste, e bem real. pois infelizmente cresce cada vez o numero de jovens com problemas. so espero que com a ajuda do padre o garoto possa se livrar das drogas.. tbem acho bem melancolico esse clima de natal…

Aline - 07, dezembro 2018 às (03:27)

@rayane colomes, o Padre é o causador da maior dor central do livro. Ps. O Maldito não teve um fim literário digno.

Diane Ramos - 06, novembro 2015 às (14:42)

Oi…
Achei o título do livro bem atrativo , porém , ao ler a resenha não curti muito a história retratada . Acho que é um tema bem delicado e com certeza não lerei .
Beijos

Rafael Marchesin - 02, junho 2018 às (19:34)

@Diane Ramos, É um tema bem delicado mesmo, só percebi o tema depois que eu tinha começado a leitura. Quando comprei o livro, tinha lido Convenções de Inverno, não sei porque, bati o olho rápido e li esse título. No final das contas, achei importante a leitura. O autor retrata os acontecimentos de uma forma que coloca a gente para pensar. Nunca tinha pensado a fundo esse tema (que é mesmo muito delicado), mas, depois de ler o livro, percebi que é muito presente na realidade de algumas pessoas e que deve, sim, ser muito discutido.
Provavelmente eu não teria lido o livro, também, se não tivesse descoberto a temática durante a leitura, mas gostei de tê-lo lido e acompanhar os problemas de Aidan.

Mari - 06, novembro 2015 às (16:01)

Acho livros com essa temática complicados de serem digeridos, porque devem tratar do assunto de forma séria e não podem ser superficiais. Para o autor achar um equilíbrio, é algo mais difícil.
Esse livro é um daqueles que se estivessem na minha pilha dos a serem lidos, eu ia sempre acabar deixando para trás.

Beijos
Mari
http://pequenosretalhos.wordpress.com

Sara - 06, novembro 2015 às (18:05)

Vish, pelo jeito ele tem um passado meio obscuro D: já fiquei aqui imaginando o que poderia ser… não conhecia o autor, ma ele parece ser muito bom, já que você ressaltou várias vezes que o livro é muito bem escrito! Fiquei realmente curiosa!

Beijos

rudynalva - 06, novembro 2015 às (22:21)

Clívia!
A temática é realmente bem forte e acho bom podermos discutir mais sobre o assédio sexual a menores, principalmente por uma figura religiosa que deveria ajudar, não colocar o garoto em uma situação de mais constrangimento.
“Para quê preocuparmo-nos com a morte? A vida tem tantos problemas que temos de resolver primeiro.”(Confúcio)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Luisa Fernandes - 07, novembro 2015 às (11:00)

Quando vi o título e a capa pensei de se tratar de um romance histórico, e ai me empolguei. Apesar de ficar entre “gostar e desgostar” da capa, li a sinopse e, bem, não era um romance histórico. O que eu imaginava, acabou sendo dito na resenha. É um livro “triste” e muito reflexivo e eu costumo fugir um pouco desse tipo de leitura.

Maria Alves - 07, novembro 2015 às (12:31)

São temas importante abordado nesse livro, as drogas, o padre, álcool entre outros, são assuntos que ocorrem no nosso dia a dia, deve ser uma leitura interessante e também lamentável, já que o assunto acontece mesmo.

Aciclea Vieira - 07, novembro 2015 às (13:23)

Clivia,achei também interessante e instigante o enredo a primeira vista,pois mostra um adolescente buscando as drogas como fuga de problemas familiares.Quero muito acompanhar a trajetória de Aidan e conhecer seus conflitos.Sei que no livro será abordado um assunto muito polêmico que é o assédio sexual ,com certeza um tema nada leve,mas que infelizmente é uma realidade.Realmente esse tema incomoda.Interessante saber que será desenvolvida a história na época do Natal,a melancolia de Aidan e sua dor se apresenta com certeza com mais intensidade.Concordo que realmente uma obra como essa nos cativar é difícil ,porém serve de alerta para todos.Mil beijinhos!!!

Jéssica Fernanda - 07, novembro 2015 às (13:43)

Putz.. esse livro deve ser top. Infelizmente esse tipo de abuso é cada vez mais comum de ser descoberto dentro das instituições religiosas, eu tenho um gosto particular pra livros com personagens que passaram/ou passam por traumas. Acho que vou gostar desse.

Luis Carlos - 07, novembro 2015 às (21:59)

Esse livro aparenta ser bom por diversos motivos. dentre eles a escrita do autor, os personagens e a história em si. Pelo o que eu pude perceber, o autor escreveu uma história incrível, com personagens bem construídos. Apesar do livro aparentar ser triste, eu fiquei muito interessado em lê-lo!

Leticia Golz - 09, novembro 2015 às (10:40)

Oi, Clivia
Acho que livros assim ficam ainda melhor em primeira pessoa, mas é uma pena que a leitura não te cativou tanto. A premissa é muito boa, e o tema bem forte para comover o leitor. Não tenho este livro como leitura obrigatória, mas gostaria de pegar um dia. Uma pena que esse tema não pareça ter sido tão bem desenvolvido a ponto de te cativar.

livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br

Isabella Paiva - 12, novembro 2015 às (18:23)

Oi Clivia 🙂 Caramba, eu estou encantada/chocada/surpresa com esse livro, não sei qual me descreve melhor nesse momento. Eu nunca li um livro assim, e fiquei muito, mais muito curiosa para ler esse livro. Pelo que eu percebi ele traz acontecimentos do cotidiano, alguns bem comuns e expostos, outros menos comuns e mais “escondidos”. Eu, de verdade, estou encorajada e ansiosa para ler o livro!

Priscila Gonçalves - 12, novembro 2015 às (22:55)

Gosto de livros com temas fortes, e não sabia que este livro falava sobre isso. Vi a capa em uma página no Facebook, e não tinha me interessado. Porém, como curto muito livros com esta temática, creio que irei atrás do livro para conhecer a estória de perto.

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