Título: Três Chances
Autor: Alexandra Bullen
Editora: Galera Record
Número de Páginas: 304
Ano de Publicação: 2016
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Três chances traz mais uma aventura com vestidos mágicos, numa mistura de Cinderela e Aladdin, recheada com romance e uma protagonista singular.
Hazel sempre esteve sozinha. Abandonada pela mãe ainda bebê, ela foi mandada de lar em lar por toda a vida. Mas ao completar dezoito anos, o destino lhe preparou uma surpresa. Presenteada com vestidos mágicos, Hazel tem direito a três desejos. E tudo o que ela mais deseja é conhecer sua mãe.
É assim que a garota é transportada para o passado, numa chance única de mudar seu destino, se apaixonar perdidamente, e criar laços de amor com sua família. Mas para que possa refazer a história sem prejudicar seu futuro, Hazel precisa saber exatamente que desejos fazer.
Três chances é o segundo volume da série Desejos, de Alexandra Bullen. Por serem histórias completamente independentes entre si, é possível que cada livro seja lido separadamente e/ou em fora de ordem, de acordo com a preferência de cada leitor. Apenas o que os define como pertencentes a uma série é a mesma ideia central ao redor da qual cada trama se desenvolve: garotas enfrentando difíceis situações que, ao receberem três vestidos mágicos cada uma, recebem, também, a chance de terem três pedidos realizados, de forma a resolverem os problemas por elas encarados. Apesar de ter gostado de Desejos, primeiro volume, não senti tanto entusiasmo por ele, diferentemente de Três chances, pelo qual terminei encantada e desejosa – sem sucesso – de que houvesse mais um livro na série.
Aqui, conhecemos a história de Hazel, uma garota entregue à adoção quando bebê e cuja mãe adotiva faleceu quando a jovem ainda era criança. Desde então, seu pai adotivo, por não conseguir lidar com a morte da esposa, tornou-se quase incapaz de cuidar da garota, fazendo com que ela crescesse passando por diversos lares provisórios e criando em si a sensação de ser indesejada e de instabilidade em sua vida. Ao completar 18 anos, porém, ela recebe o nome de sua mãe biológica e passa a ter a chance de conhecê-la. As coisas saem do controle, contudo, quando uma guinada nos acontecimentos muda suas perspectivas e ela recebe três vestidos mágicos, capazes de transportá-la a uma outra época na qual ela finalmente pode ter seu desejo atendido.
Em terceira pessoa, a história se desenvolve de maneira leve e convidativa, com uma narrativa que se aproxima mais da visão de Hazel, de forma a nos tornarmos mais próximos de suas emoções e pensamentos. A garota não consegue se sentir satisfeita com a própria vida – algo completamente compreensível, dada sua experiência -, e se ressente da infância conturbada e instável. Principalmente, ela sofre pela falta de amor e carinho aos quais não teve acesso, e são essas as emoções que cativam o leitor de forma a sentirem compaixão pela jovem e desejarem, juntamente dela, sua felicidade.
Embora a história tenha tido alguns pontos que fui capaz de prever durante seu desenrolar, ela também foi capaz de me surpreender e me conquistou pelas próprias surpresas empregadas. Fiquei curiosa pelo desfecho e pela forma de como tudo seria resolvido, ansiando pelo final feliz de Hazel, de forma a virar cada página cada vez com mais voracidade e envolvimento com a leitura. Não foi difícil me apegar às personagens apresentadas e ao cenário conhecido pela protagonista.
Contudo, o que principalmente me agradou foi a mensagem trabalhada por Alexandra Bullen. Hazel, em sua busca desenfreada pelo amor e aceitação, encontra-se capaz de enxergar apenas seus mais profundos desejos, sem, de fato, refletir sobre toda a situação que a envolve. E quantas vezes em nossas vidas não fazemos o mesmo? Quantas vezes não focamos em determinados objetivos e os desejamos com tanta intensidade a ponto de nos tornarmos cegos para outras questões e de nos esquecermos de que, no fundo, nem sempre o que queremos será, de fato, o melhor para nós mesmos? Dessa maneira, adorei a trajetória de Hazel e a compreensão que a garota tira dela.
Para resumir, Três chances foi uma leitura leve e cativante, tão mágica quanto os vestidos que Hazel recebe. Mágica não simplesmente pela fantasia presente na história, mas, principalmente, pelo efeito que a leitura é capaz de oferecer a quem a ela se entregar.
achei a capa linda. e nao sabia que tinha um anterior.. acheimto bacana tua resenha e vai ser mais um pra lista de quero ler hahah achava que ia ser uma coisa super cinderela tipo uma reescrita de cinderela! hahah