[Resenha] O Quarto Dia - Sarah Lotz - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
03

jun
2016

[Resenha] O Quarto Dia – Sarah Lotz

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Título: O Quarto Dia
Autor: Sarah Lotz
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 352
Ano de Publicação: 2016
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Em O Quarto Dia, Sarah Lotz conduz o leitor por uma viagem de réveillon que tinha tudo para ser perfeita. Mas às vezes o novo ano reserva surpresas desagradáveis…Janeiro de 2017. Após cinco dias desaparecido, o navio O Belo Sonhador é encontrado à deriva no golfo do México. Poderia ser só mais um caso de falha de comunicação e pane mecânica… se não fosse por um detalhe: não há uma pessoa viva sequer no cruzeiro. As autoridades acham indícios de uma epidemia de norovírus, mas apenas descobrem os corpos de duas passageiras. Para piorar, todos os registros e gravações de bordo sofreram danos irreparáveis. Como milhares de pessoas podem ter sumido sem deixar rastro? Teorias da conspiração se alastram, mas só há uma certeza: 2.962 passageiros e tripulantes simplesmente desapareceram no mar do Caribe.

O Quarto Dia é mais um livro da autora Sarah Lotz lançado pela editora Arqueiro; o anterior, Os Três, foi publicado em 2014 e também foi resenhado no blog. Apesar dos livros indicarem certas semelhanças, identificadas através das similaridades entre as capas e os títulos, e serem pertencentes a uma mesma série, conforme consta no Goodreads, as conexões entre as duas histórias não ficaram suficientemente claras para mim no decorrer da narrativa.

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Aqui, a história é ambientada num cruzeiro chamado O Belo Sonhador em Janeiro de 2017. Após ter desaparecido por cinco dias, o navio é encontrado à deriva no golfo do México e muitas são as indagações acerca do ocorrido, principalmente porque não há mais ninguém com vida no navio.

Os capítulos vão sendo mesclados de acordo com os diferentes personagens que aparecem na trama, como a médium Celine, a camareira Althea, entre outros. Desse modo, os capítulos vão sendo mais ou menos interessantes de acordo com as histórias específicas de cada um deles.

A autora possui um estilo narrativo bem peculiar no que se refere à disposição das informações e fatos ocorridos no decorrer da trama, e, tanto no livro Os Três quanto neste, essa é uma característica marcante. Nesse caso, a narrativa é em terceira pessoa e os capítulos não são muito extensos. Em determinados momentos, ela faz uso de recursos como: postagens em blog, notícias e depoimentos. A linguagem é direta, portanto, de fácil compreensão, o que não significa que possamos entender de imediato o que se passa no enredo. Essa é outra característica da escrita da autora: ela vai nos dando pequenas pistas, sendo necessária, em diversos momentos, certa concentração para não se perder em meio aos acontecimentos. O vocabulário utilizado inclui palavrões, e os títulos dos capítulos nos dão uma ideia do que virá pela frente.

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Alguns fatores me chamaram atenção nesse livro, sobretudo ao que se refere a algumas temáticas incluídas na vida dos personagens, como: o abuso sexual; o suicídio e a mediunidade. Assim, na medida em que os personagens protagonizam situações complexas envolvendo esses e outros fatores, acontecimentos inexplicáveis e misteriosos os rondam, e é justamente aí onde mora o suspense e o terror depositados na narrativa.

Minha experiência de leitura com o livro anterior da autora foi boa, porém, com esse, não obtive tanto sucesso. Apesar do livro ter me empolgado inicialmente, isso durou até certo ponto, depois comecei a achar o enredo um pouco repetitivo e enfadonho. Achei alguns personagens desnecessários e, do meio para o fim, achei a história confusa, mesmo sabendo que essa confusão pode ser intencional, já que é característica da autora deixar algumas brechas para o leitor tirar suas próprias conclusões. Mesmo assim, a história em si não conseguiu me envolver plenamente.

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No entanto, é preciso destacar que a autora soube desenvolver bem os detalhes referentes ao clima de terror dentro do navio, bem como nos remeter às histórias de navios fantasmas e ao pânico das pessoas presentes no cruzeiro. Desse modo, é uma leitura interessante, mas é preciso estar disposto a encarar as incertezas do enredo.





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Uma resposta para "[Resenha] O Quarto Dia – Sarah Lotz"

Micheli Pegoraro - 07, junho 2016 às (19:56)

Olá Clivia,
Quando vi o lançamento desse livro fiquei bem interessada, pois adoro histórias cheias de mistérios e suspense. Como não li ainda nenhum livro da autora, fiquei curiosa para conhecer esse estilo de narrativa bem peculiar. Que pena que a história é confusa, assim fica difícil se envolver mesmo. Vou ler primeiro o livro anterior – Os Três – e ver se o que acho da história.
Beijos

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