Título: Anna Vestida de Sangue
Autor: Kendare Blake
Editora: Verus
Número de Páginas: 252
Ano de Publicação: 2016
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Cas Lowood herdou uma vocação incomum: ele caça e mata os mortos. Seu pai fazia o mesmo antes dele, até ser barbaramente assassinado por um dos fantasmas que perseguia. Agora, armado com o misterioso punhal de seu pai, Cas viaja pelo país com sua mãe bruxa e seu gato farejador de espíritos. Juntos eles vão atrás de lendas e folclores locais, tentando rastrear os sanguinários fantasmas e afastar distrações, como amigos e o futuro. Quando eles chegam a uma nova cidade em busca do fantasma que os habitantes locais chamam de Anna Vestida de Sangue, Cas espera o de sempre: perseguir, caçar, matar. Mas o que ele encontra é uma garota envolta em maldições e fúria, um espírito fascinante, como ele nunca viu. Ela ainda usa o vestido com que estava no dia em que foi brutalmente assassinada, em 1958: branco, manchado de vermelho e pingando sangue. Desde então, Anna matou todas as pessoas que ousaram entrar na casa vitoriana que ela habita. Mas, por alguma razão, ela poupou a vida de Cas. Agora ele precisa desvendar diversos mistérios, entre eles: Por que Anna é tão diferente de todos os outros fantasmas que Cas já perseguiu? E o que o faz arriscar a própria vida para tentar falar com ela novamente?
Encantada pela capa e pela sinopse, mergulhei na leitura de Anna Vestida de Sangue com ótimas expectativas e não me arrependo de ter adentrado nessa história que, apesar de não ter me surpreendido muito, conseguiu prender minha atenção.
Aqui conhecemos Cas, um garoto de 17 anos que tem uma herança familiar um tanto incomum: ele é filho de um caça fantasmas e, após a morte do seu pai, a missão de caçar e matar os mortos ficou por sua conta. Desse modo, armado com um poderoso punhal herdado pelo pai, ele percorre diversas cidades na companhia da sua mãe bruxa e do seu gato Tybalt. Já Anna é o fantasma de uma garota que morreu aos 16 anos e que ninguém sabe de fato quem a matou ou o que aconteceu com ela, a única coisa que sabem é que ela estava com um vestido branco para ir a um baile na escola quando foi morta tendo sua garganta cortada. Há cerca de cinquenta anos seu fantasma vem aterrorizando os que se aproximam da casa onde vive e já chegou a matar mais de 20 adolescentes.
A narrativa em primeira pessoa é sob o ponto de vista de Cas e, assim, acompanhamos de perto sua rotina de caçador de fantasmas e também os dilemas que fazem parte tanto da sua história de vida incomum quanto da fase que ele está vivendo, já que é apenas um adolescente.
A escrita da autora é simples, direta e ao mesmo tempo bastante envolvente. O enredo possui elementos muito atrativos, que nos permite visualizar as cenas e as situações descritas como se estivéssemos vivenciando-as, o que, a meu ver, torna a leitura muito dinâmica e consequentemente muito rápida.
A história como um todo está mais para um suspense do que propriamente um terror, a não ser pelo fato de existirem os fantasmas. Com isso quero dizer que, apesar de Anna ser uma figura que aterroriza a todos na cidade, há um mistério em torno dela que se sobressai a tudo isso e que deixa a trama mais enigmática do que aterrorizante.
Outro fator de destaque é que, apesar da temática possuir certo peso, o qual, nesse caso, é traduzido nas maldições, ressentimentos e mágoas presentes na narrativa, há também certa leveza pelo fato dos protagonistas serem adolescentes. Há momentos, por exemplo, nos quais o narrador parece ser maduro demais para a sua idade, e em outros ele é apenas um adolescente comum.
Enfim, foi uma leitura agradável e que de certo modo seguiu um rumo já esperado por mim, ou seja, não houve muitas revelações, reviravoltas ou cenas de tirar o fôlego, mas a escrita da autora é tão fluida que acabamos nos envolvendo com a história mesmo que ela não seja tão impactante assim. Recomendo a leitura, porém ressalto que ela tem um público alvo definido, sendo indicado não esperar muito dela no que diz respeito ao gênero terror.
Oi, Clivia!
Senti a mesma coisa que você. É um livro gostoso, mas não é tudo isso que dizem.
É uma leitura agradável e que quando você vê, o livro já acabou.
Beijão!