Arquivos Coluna da Duhau - Página 3 de 9 - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
29

jul
2012

Coluna da Duhau #32 – Figuras de Sintaxe (ou de Linguagem)

Oi, pessoal. Tudo bom com vocês? Eu sei que andei meio sumidinha aqui do Minha Vida Literária, mas foi por causa de questões de saúde e por isso eu não pude postar a coluna no dia certo. Mas cá estou eu de volta para mais um domingo com vocês.
O tema de hoje é Figuras de Sintaxe, ou seja, “mecanismos” que são úteis para dar uma maior coesão gramatical a uma oração, nos auxiliando a dar mais sentido à frase.
Vamos conhecer algumas delas:

– Elipse –
Regra: Elipse é a omissão de um termo que o contexto ou a situação permitem facilmente suprimir.
Exemplo: “No mar, tanta tormenta e tanto dano.” Os Lusíadas – Luís de Camões (omissão do verbo “haver”).
Cuidado! A elipse é responsável por numerosos casos de derivação imprópria, ou seja, quando o termo expresso absorve o significado do termo omitido.
Ex.: a (cidade) capital, um (dente) canino, uma (igreja) catedral, uma folha (de papel), etc.
– Zeugma –
Regra: A zeugma é uma das formas da elipse. Consiste em fazer participar de dois ou mais enunciados um termo expresso em apenas um deles. É omitir na segunda oração um termo que já foi mencionado na primeira.
Exemplo: “Na vida dela houve só mudança de personagens; na dele mudança de personagens e de cenários.” (Na vida dele houve mudança…)
– Pleonasmo –
Regra: Como eu já havia dito no post sobre Vícios de Linguagem, o pleonasmo, se usado de maneira correta, é uma figura de linguagem, mas, se usado inutilmente, é considerado um vício de linguagem. Pleonasmo nada mais é que a superabundância de palavras para enunciar uma ideia.
Exemplo: “Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal.” – Fernando Pessoa
– Hipérbato –
Regra: Hipérbato é a separação de palavras que pertencem ao mesmo sintagma, pela intercalação de um membro frásico. De forma genérica, hipérbato designa toda a inversão de ordem normal das palavras na oração.
Exemplo: “Do que a terra mais garrida / Teus risonhos, lindos campos têm mais flores.” Hino Nacional Brasileiro – Osório Duque Estrada





– Prolepse –

Regra: Prolepse, também conhecida como Antecipação, é uma figura de sintaxe onde ocorre o deslocamento de um termo de uma oração para outra que a precede. É um recurso narrativa com o qual se pode descrever o futuro.
Exemplo:O próprio ministro dizem que não gostou do ato.” – Machado de Assis   




Por hoje é só, pessoal. Mas, como de costume, deixei várias figuras de sintaxe de fora dessa lista, então acho que vocês já podem esperar a parte II. De qualquer maneira, espero que tenham gostado. ^^ Até a próxima!


Beijo e uma ótima semana a todos! o/





30

jun
2012

Coluna da Duhau #31 – Crase Parte 3

Olá, pessoas! Alguém pode me estranhar aqui no sábado, mas é porque a Mi pediu gentilmente que eu antecipasse a coluna já que ela já tem algo preparado para amanhã, domingo.
Bom, finalmente estou aqui com a terceira e última parte do nosso especial sobre crase. Espero que o assunto ainda não tenha ficado cansativo.
Como essa é a última parte, então sobraram menos regras, portanto não liguem se esse post tiver menos palavras do que o de costume.
Enfim, explicações iniciais dadas, então vamos ao post:

– À qual –
Regra: Ocorre crase diante dos pronomes relativos a qual, as quais se o verbo da oração exigir a preposição a.
Ex.: A cena à qual assisti foi chocante. (Quem assiste, assiste a algo).
– À sua ou A sua –
Regra: A crase é facultativa diante de pronomes possessivos femininos, pois o uso do artigo a também é facultativo.
Ex.: Referi-me a sua professora ou Referi-me à sua professora.
– Terra –
Regras: Quando a palavra terra for com o significado de planeta (substantivo), pede artigo, consequentemente, quando houver a preposição a, ocorre a crase.
Ex.: Os astronautas voltaram à Terra.
Quando a palavra tiver significado de chão firme, solo só receberá a crase quando estiver especificada.
Exs.: Os marinheiros voltaram a terra.
Irei à terra de meus avós.
E assim terminamos com nosso especial de três posts somente sobre a famigerada crase. Sei que post foi curtinho, mas como já havia dito, só restaram essas últimas regrinhas mesmo. De qualquer maneira, espero que tenham gostado e que possam ter aprendido pelo menos um pouquinho. E lembre-se: praticar o português tanto na escrita como na leitura é a melhor forma de fixar o conhecimento. ^^ 
Tenham todos um ótimo domingo e uma ótima semana! o/
Beijão,
17

jun
2012

Coluna da Duhau #30 – Crase Parte 2

Hey Ho, let’s go! Aquela que se empolga, né? haha Tô de volta com a segunda parte do nosso post sobre crase. Gostaram da primeira parte? Conseguiram tirar algumas dúvidas? Pois então agora vou dar continuidade àquele post (viram a crase proposital que coloquei aí, né? haha). Então vam’bora pra mais algumas regrinhas e exemplos deliciosos!

– À moda –
Regra: Nas expressões adverbiais à moda e à maneira de, mesmo que as palavras moda e maneira fiquem subentendidas, ocorre crase.
Ex.: Fizemos um churrasco à gaúcha e espaguete à bolonhesa. (À moda gaúcha, à moda dos gaúchos).
Comi bife à milanesa. (À moda milanesa, à moda de Milão; À moda bolonhesa, à moda de Borgonha).
– À medida que –
Regra: Nesse caso ocorrerá crase quando houver uma locução prepositiva e locução conjuntiva. Uma locução prepositiva é a junção de a + substantivo feminino + de. Uma locução conjuntiva é a junção de a + substantivo feminino + que.
Ex.: Ele está à procura da esposa. (Locução prepositiva)
À proporção que o tempo passa, mais sábios ficamos. (Locução conjuntiva)
Outros exemplos: à maneira de, à moda de, às custas de, à espera de, à medida que, etc.
– Essa roupa é igual à que comprei ontem –
Regra: Ocorre crase diante do pronome relativo que ou da preposição de quando houver uma fusão da preposição a com os pronomes a/as. É só substituir “de” ou “que” por “aquele”, “aquela”, “estas”, “esta”… 
Ex.: Sua voz é igual à de um primo meu. (A voz é igual a esta)
– A festas –
Regra: Quando o a estiver no singular, diante de uma palavra no plural, não ocorre crase, pois falta-lhe o artigo.
Ex.: Não gosto de ir a festas desacompanhado.
Referi-me a todas as alunas, sem exceção. 
– A faca –
Regra: Não ocorre crase quando a preposição a estiver anteposta a um adjunto adverbial de meio ou de instrumento.
Ex.: Matou o desafeto a faca.
Respondi a prova a caneta.
Fim de mais um post, pessoal. :/ Mas acho que deixei umas 3 ou 4 regrinhas de fora aí tanto dessa lista, quanto da primeira parte. Então, se já não estiverem cansados do assunto, posso voltar com uma Parte III.
Obrigada a todo mundo que sempre comenta e acompanha meus posts aqui no Minha Vida Literária, afinal de contas, já estamos no 30º post! o/
Um beijão e uma ótima semana a todos! o/




#TodosPiraNaParteII
#TodosPedeAParteIII
Sem mais.

03

jun
2012

Coluna da Duhau #29 – Crase

Olá, pessoas do meu Brasil! Tudo bom com vocês? Espero que sim. Bom, estou de volta pra mais uma coluna e o assunto dessa vez é: crase! Quando devemos utilizar esse acento indicativo de crase? É isso mesmo pessoal, a crase é representada por um acento grave quando ocorre uma fusão de duas vogais idênticas (a + a), ou seja, a junção da preposição a com os artigo definidos a ou as e os pronomes demonstrativos a, as, aquele(s), aquela(s), aquilo. Portanto, a crase não é aquele “acento ao contrário” em si, e sim a fusão propriamente dita.
Dada essa explicação inicial, vamos ao post:

– A pino – 
Regra: Só ocorre crase diante de palavras (substantivos) femininas, portanto nunca usem o acento grave indicativo de crase diante de palavras que não sejam femininas.
Ex.: Ela recorreu a mim. (Mim não é uma palavra feminina. Pode até referir-se a uma mulher, mas a palavra em si não tem gênero definido). 
Estou disposto a ajudar você. (Ajudar é verbo e não substantivo feminino). 
Vou à cidade. (Agora sim, pois cidade é um substantivo feminino).
OBS.: Aquela velha regra pode ser aplicada aqui: somente trocamos o verbo “ir” pelo verbo “voltar” e se, depois da troca, a preposição “da” surgir, então a crase ocorrerá.
Ex.: Vou a Porto Alegre (volto de Porto Alegre; não ocorre a crase).
Vou à Bahia (volto da Bahia)
– Paguei à cabeleireira –
Regra: Se houver verbo indicando destino, troca-se a palavra feminina por outra masculina. Se, diante da masculina, surgir “ao“, diante da feminina, ocorrerá a crase. Caso contrário, não ocorrerá a crase. Essa substituição serve pra evidenciar a existência da preposição e do artigo, caso que é exigido crase se for a + a.
Ex: Paguei à cabeleireira. (Paguei ao cabeleireiro; Com crase)
Respeito as regras. (Respeito os regulamentos; Sem crase)
– À noite –
Regra: Se o à noite for um adjunto adverbial de tempo feminino (e não somente um artigo + substantivo, como em a noite), ocorrerá a crase. O mesmo acontece com adjuntos adverbiais de modo e lugar.
Ex.: Encontrei a Maria ontem à noite.
Saí às pressas de casa.
Outros exemplos: à tarde, às escondidas, às escuras, à direita, à esquerda, à vontade, à revelia, etc.

– À distância –
Regra: Diante da palavra distância, só ocorrerá a crase se houver a formação de locução prepositiva (à distância de).
Ex.: Reconheci-o a distância.
Reconheci-o à distância de duzentos metros.
– À casa –
Regra: A palavra casa só terá artigo se estiver especificada. Portanto, só ocorrerá a crase diante dessa palavra nesse caso (artigo + preposição).
Ex.: Cheguei a casa antes de todos.
Cheguei à casa de Ronaldo antes de todos.  
Pessoal, ainda deixei MUITAS regras de fora, por isso necessito fazer um Parte II pra vocês, quem sabe até um Parte III. Espero que tenham gostado. Crase é um dos meus assuntos preferidos, então acho que ainda posso dar mais algumas diquinhas pra vocês. 😀
Beijão e uma ótima semana a todos!
20

maio
2012

Coluna da Duhau #28 – Hífen

Oi, pessoal, tudo bem com vocês? Como foi o final de semana? Espero que ótimo. ^^ Bom, estou aqui mais uma vez para falarmos da nossa boa e velha língua portuguesa. Dessa vez falaremos sobre o uso do hífen e alguns cuidados que temos que tomar quando utilizamos esse recurso, quando é obrigatório, quando não é… Enfim, tentarei dar aquela resumida legal pra vocês.
Vamos ao post:

– Anti-higiênico –
Regra: Usa-se hífen em todas as palavras quando o segundo elemento for iniciado por H ou mesma vogal.
Outros exemplos: mini-horta, sobre-humano, anti-inflamatório, micro-ônibus, micro-ondas, etc.
Exceção 1: Os prefixos co-, re-, pro- e pre- aglutinam-se com o segundo elemento. Ex.: coordenação, reeleger, preencher, etc.
– Antissocial –
Regra: Não se usa hífen em todas as palavras cujo o segundo elemento inicia-se com as letras R ou S e o prefixo termina em vogal, duplicando-se as mesmas.
Outros exemplos: antirreligioso, multissecular, neorrealismo, etc.
– Antiglobo – 
Regra: Se o segundo elemento não começar por H ou pela mesma vogal do prefixo, não se usa o hífen.
Outros exemplos: anticristo, anticollor (e não anti-Collor), antilula (e não anti-Lula)
– Inter-regional –
Regra: Usa-se hífen quando o segundo elemento iniciar com R, H ou uma consoante.
Outros exemplos: hiper-humano, super-resistente, ab-rogar, etc.
– Ab-rupto ou Abrupto –
Regra: Segundo a regra, essa palavra deveria ser escrita com hífen, pois o segundo elemento começa com R. Porém, por convenção, ela também pode ser escrita sem hífen. De qualquer maneira, as duas formas estão corretas.
Espero que tenham gostado do post, pessoal. E que tenham aprendido pelo menos um pouquinho com ele. ^^
Uma boa semana a todos e um beijão <3

Pra variar, eu adorei, Pri!
Sempre me confundo com o uso do hífen, principalmente depois da Nova Gramática!

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