Oi, pessoal. Tudo bom com vocês? Eu sei que andei meio sumidinha aqui do Minha Vida Literária, mas foi por causa de questões de saúde e por isso eu não pude postar a coluna no dia certo. Mas cá estou eu de volta para mais um domingo com vocês.
O tema de hoje é Figuras de Sintaxe, ou seja, “mecanismos” que são úteis para dar uma maior coesão gramatical a uma oração, nos auxiliando a dar mais sentido à frase.
Vamos conhecer algumas delas:
– Elipse –
Regra: Elipse é a omissão de um termo que o contexto ou a situação permitem facilmente suprimir.
Exemplo: “No mar, tanta tormenta e tanto dano.” Os Lusíadas – Luís de Camões (omissão do verbo “haver”).
Cuidado! A elipse é responsável por numerosos casos de derivação imprópria, ou seja, quando o termo expresso absorve o significado do termo omitido.
Ex.: a (cidade) capital, um (dente) canino, uma (igreja) catedral, uma folha (de papel), etc.
– Zeugma –
Regra: A zeugma é uma das formas da elipse. Consiste em fazer participar de dois ou mais enunciados um termo expresso em apenas um deles. É omitir na segunda oração um termo que já foi mencionado na primeira.
Exemplo: “Na vida dela houve só mudança de personagens; na dele mudança de personagens e de cenários.” (Na vida dele houve mudança…)
– Pleonasmo –
Regra: Como eu já havia dito no post sobre Vícios de Linguagem, o pleonasmo, se usado de maneira correta, é uma figura de linguagem, mas, se usado inutilmente, é considerado um vício de linguagem. Pleonasmo nada mais é que a superabundância de palavras para enunciar uma ideia.
Exemplo: “Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal.” – Fernando Pessoa
– Hipérbato –
Regra: Hipérbato é a separação de palavras que pertencem ao mesmo sintagma, pela intercalação de um membro frásico. De forma genérica, hipérbato designa toda a inversão de ordem normal das palavras na oração.
Exemplo: “Do que a terra mais garrida / Teus risonhos, lindos campos têm mais flores.” Hino Nacional Brasileiro – Osório Duque Estrada
– Prolepse –
Regra: Prolepse, também conhecida como Antecipação, é uma figura de sintaxe onde ocorre o deslocamento de um termo de uma oração para outra que a precede. É um recurso narrativa com o qual se pode descrever o futuro.
Exemplo: “O próprio ministro dizem que não gostou do ato.” – Machado de Assis
Por hoje é só, pessoal. Mas, como de costume, deixei várias figuras de sintaxe de fora dessa lista, então acho que vocês já podem esperar a parte II. De qualquer maneira, espero que tenham gostado. ^^ Até a próxima!
Beijo e uma ótima semana a todos! o/