[Livros Na Telona] E Se Fosse Verdade... - Marc Levy - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
03

jun
2015

[Livros Na Telona] E Se Fosse Verdade… – Marc Levy

E Se Fosse Verdade_Filme

Sobre o Livro

E Se Fosse Verdade
Título: E Se Fosse Verdade…
Autor: Marc Levy
Editora: Suma de Letras
Número de Páginas: 232
Ano de Publicação: 2013
Skoob: Adicione
Orelha de Livro: Adicione
Compare e Compre: Amazon ♦ Americanas ♦ Cultura ♦ Saraiva ♦ Submarino

Meu primeiro contato com a escrita de Marc Levy se deu através da leitura de Tudo aquilo que nunca foi dito, um livro que figura entre os meus favoritos – foi impossível não me encantar pela trama e, principalmente, por sua narrativa intensa, sensível e extremamente fluída. Quando descobri E se fosse verdade…, foi dupla minha vontade de lê-lo, tanto por entrar em contato com mais uma obra do autor quanto por conhecer a história que originou o filme homônimo e que tanto me agradou, estrelado por Reese Witherspoon e Mark Ruffalo.

E Se Fosse Verdade 1

Em seu livro de estreia, Marc Levy traz a história de Lauren, médica residente que, após sofrer um grave acidente de carro, entra em coma profundo. Seis meses depois, seu apartamento é alugado pelo arquiteto Arthur, e grande é a surpresa de ambos quando ele descobre a alma de Lauren em seu armário: ele, por jamais esperar aquela situação; ela, por ser a primeira vez, desde o acidente, em que alguém é capaz de vê-la, ouvi-la e senti-la.

 

“- Não existo mais. Posso vê-las, mas isso não me faz nada bem. Talvez o Purgatório seja assim, uma solidão eterna.”

página 71

 

A originalidade da trama é indiscutível, e Marc Levy tem um jeito único de contá-la. Em minha leitura, pude separar o enredo em três momentos: no primeiro, há um ar leve e divertido permeando os acontecimentos, enquanto Arthur e Lauren tentam se acostumar à nova situação e começam a conhecer um ao outro. Nessa parte, por mais envolvida que eu estivesse, sentia falta da escrita que me arrebatou anteriormente. Depois, na segunda parte, tanto há um aprofundamento nas emoções das personagens quanto há uma importância maior na exploração de Arthur e seu passado, principalmente relacionado à ligação com sua mãe, falecida há muitos anos. Por fim, há uma intensificação no romance, que passa a ser o foco da trama, e pude ter, novamente, o gostinho da bela escrita do autor. De qualquer maneira, embora eu tenha feito tais divisões, elas não são exclusivas de cada parte, sendo possível notar todas as características ao longo de todo o enredo – elas apenas são mais intensificadas nos momentos citados.

A motivação do autor ao escrever E se fosse verdade… foi a de criar um romance que poderia ser lido por seu filho quando esse se tornasse um adulto, e não é difícil concordar que Levy foi feliz em sua intenção. A história, além de cativante, é recheada de belas e reflexivas mensagens, transmitidas ao leitor de forma leve, através de uma leitura gostosa e, ora divertida, ora emocionante, mas sempre envolvente. O autor fala da importância do presente, de valorizarmos as pequenas coisas do dia a dia, da passagem do tempo e do quanto ele pode ser desperdiçado quando indevidamente aproveitado. Fala de grandes amores – entre pais e filhos; entre amantes -, e do significado de verdadeiramente amar, muito mais voltado ao dar do que ao receber.

 

“Acho que a maior inconsciência do homem é com relação à própria vida. Você se conscientiza agora de tudo isso porque está em perigo de vida e tudo isso faz de você um ser único, alguém que precisa explicitamente de outra pessoa para viver, pois não tem mais escolha. Então, respondendo à pergunta que não para de fazer há dias, se eu não correr o risco, toda essa beleza, toda essa matéria viva estará definitivamente inacessível para você. E, para mim, conseguir te trazer de volta ao mundo me ajuda a dar um sentido à minha vida. Quantas vezes o futuro vai me possibilitar fazer algo essencial?”

páginas 116 e 117

 

Talvez, por ter sido o primeiro trabalho de Marc Levy, o livro não foi capaz de me arrebatar, como Tudo aquilo que nunca foi dito, mesmo que tenha sido uma leitura proveitosa e bastante apreciada. Foi uma ótima escolha para uma tarde preguiçosa entre cobertores, e indico a obra aos que buscam uma leitura leve e divertida, mas com belas passagens e mensagens, com um romance do tipo suspirante construído ao longo de suas páginas.

E Se Fosse Verdade 2

Sobre o Filme

 

Já perdi as contas de quantas vezes assisti a E se fosse verdade… ao longo dos anos, mas optei por reassistí-lo após ter terminado a leitura para poder relembrar de todas as semelhanças e, principalmente, diferenças entre o livro e o filme.

E Se Fosse Verdade..._Filme 2

Logo nas primeiras cenas, somos apresentados à agitada rotina médica de Elizabeth (Lauren, no livro) e à iminência de seu acidente de carro. Depois, temos David (Arthur, no original) alugando um apartamento e tendo seu primeiro encontro com Elizabeth, mas não há uma definição sobre seu estado: não sabemos se ela está viva ou morta, se ele está alucinando ou, de fato, vendo o espírito de uma mulher. Assim, fica evidente que o roteiro do filme é baseado na obra de Levy, mas também que a adaptação seguirá por rumos diferentes do original.

E Se Fosse Verdade..._Filme 3

Parte da história é focada na tentativa de Elizabeth e David descobrirem informações sobre ela, uma vez que ela mesma não sabe o motivo para sua inusitada situação. Ao mesmo tempo, aos poucos vamos conhecendo mais também sobre David, e vemos ser desenvolvido o relacionamento entre eles.

E Se Fosse Verdade..._Filme 5

Embora o filme tenha caminhado por caminhos bastante diferentes do livro, tanto é possível reconhecer os momentos nos quais muitas das cenas foram inspiradas quanto as mensagens transmitidas são as mesmas nas duas mídias: a importância do presente, a valorização das pequenas coisas do dia a dia, a passagem do tempo e o quanto ele pode ser desperdiçado quando indevidamente aproveitado.

E Se Fosse Verdade..._Filme 4

No resumo, acredito que o filme tenha se inspirado no livro e, a partir daí, tomou seus próprios rumos, independentemente deles existirem ou não no original. Mesmo com muitas diferenças, a adaptação é uma excelente opção de entretenimento, mesclando a comédia com o romance e trazendo momentos bastante sensíveis. É importante dizer que, para se aproveitar ao máximo tanto o livro quanto o filme, é necessário se despir de expectativas quanto a um ou outro: se você primeiro viu o filme, como eu, não espere encontrar as mesmas cenas no livro – a obra de Levy proporciona uma ótima leitura, mas pode decepcionar se a expectativa quanto a ela for a da história entre David e Elizabeth. No livro, temos o romance entre Arthur e Lauren e a história deles merece ser lida como, de fato, deles, não como a história da adaptação. E a advertência é igualmente válida para quem primeiro leu e depois buscou o filme – as histórias são, novamente, diferentes, mesmo que uma tenha sido inspirada na outra. Quanto a mim, adorei tanto um quanto o outro e em nada me decepcionei.

E Se Fosse Verdade..._Filme 1

Assista ao Trailer!

 





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24 Respostas para "[Livros Na Telona] E Se Fosse Verdade… – Marc Levy"

André Joab - 03, junho 2015 às (10:17)

Já assisti esse filme inúmeras vezes e confesso não sabia que ele tinha um livro, o romance dele é bem leve o que é interessante no meu ponto de vista, sem falar na simplicidade do decorrer da narrativa, sem dúvidas, agora fiquei na vontade de ler, se o filme já achei bom, imagina só o livro?

Larissa Oliveira - 03, junho 2015 às (11:03)

Eu adoro esse filme!! É um romance gostoso de se assistir, divertido e como você disse, ainda transmite algumas mensagens bastante positivas. Mas, sinceramente, não sabia que ele era uma adaptação. Agora fiquei curiosa para conhecer o livro, mesmo sabendo que as histórias têm sua diferenças e tenham tomado rumos distintos. Quero muito ler!

Aciclea Vieira - 03, junho 2015 às (11:45)

Aione,nunca li o livro Tudo aquilo que nunca foi dito,mas em relação a E se Fosse Verdade assisti ao filme e gostei muito,me interessei em ler o livro,mas me disseram que era bem diferente o que me fez adiar a leitura,porém depois dessa comparação entre as duas obras em que nada é absolutamente igual irei conferir.Ah!Já ia me esquecendo vou colocar em minha lista:Tudo aquilo que nunca foi dito.Beijos!!!

Juliana - 03, junho 2015 às (12:25)

Já vi diversas vezes E se fosse verdade… e adoro o filme, super fofo e descontraído. Quando comprei o livro, imaginei que seguisse o mesmo ritmo, mas acabei por me decepcionando e nem chegando a terminar a leitura. Entendo, que filme e livro são obras distintas, porém acredito que neste caso o filme foi bem mais legal!

Tiago Vieira - 03, junho 2015 às (15:24)

Oi Aione, tudo bem?

Gosto muito do filme E Se Fosse Verdade! Tenho o DVD, e no passado assisti bastante vezes tanto por ele quanto pela TV.
Acho super legal o enredo do filme e me divertia bastante enquanto assistia. Como você disse no post, há momentos de comédia e outros mais dramáticos ou sensíveis.

Quem sabe se um dia eu tiver a oportunidade, lerei o livro e atentarei para não fazer comparações entre as duas obras.
Realmente eu tenho sempre expectativas de que as adaptações cinematográficas sejam fiéis a seus devidos livros, mas nem sempre isto acontece.

Parabéns pelo post!

Tiago.

Fabíola - 03, junho 2015 às (16:22)

Olá Aione!!!!
Mais uma vez, apaixonada por sua postagem…
Assisti o filme infinitas vezes também e não me canso dele, mesmo sendo um romance Sessão da Tarde… amo amo amo!
Nunca procurei o livro mas confesso que agora prefiro ficar com a magia da adaptação cinematográfica pois minha TBR está gigante!!!
Beijinhos….

Diane Ramos - 03, junho 2015 às (16:26)

Gente ! Eu AMO esse filme !
Já o assisti umas quatro vezes ou mais . E sabe da melhor , eu nem sonhava que tinha um livro baseado nele , com certeza vou querer ler o livro agora também 🙂

http://coisasdediane.blogspot.com.br/

Francielle Maria Moreira - 03, junho 2015 às (18:13)

Não sabia que tinha o livro. Eu amo esse filme, já assisti umas duzentas vezes. Vou comprar kkk Acho ahistoruia fascinante, a historia me cativou por completo.

Francielle Maria Moreira - 03, junho 2015 às (18:20)

Não sabia que tinha o livro desse filme sou maluca por esse filme, já vi umas duzentas vezes. Amo ahistoria fui competamente cativada. Vou compra r ele e ler.

Hayanne Deise Lins - 03, junho 2015 às (22:12)

Já assisti vários filmes com essa atriz e fiquei simplesmente apaixonada. kkk Ela é muito boa. Em relação ao filme, sinto muito mas eu ainda prefiro começar pelo livro, ninguém tira essa mania de mim. kkkk

Muito boa a resenha, vou deixar o filme em stand by até o final do livro. kkk Bjs

Edilza - 04, junho 2015 às (11:16)

Já tinha visto o filme e só agora me toquei disso ao ler o post! hahahah Nem me lembro se a mulher era ou não fruto da imaginação do David, mas lembro que essa cena que os dois estão nesse lugar cheio de flores é linda!
Fiquei com bastante de ler o livro, por ser divertido mas ao mesmo tempo trazer reflexões e mensagens.
Um bjo, Mi <3

Thais Belarmina - 04, junho 2015 às (11:18)

Eu assisti esse filme, ainda não li o livro.
Eu gostei do filme, achei muito bom.
Então possivelmente vou gostar do livro, assim espero. 😀

Beijos!

Thays Suenaga - 06, junho 2015 às (10:04)

Essa capa é tão linda…suas resenhas só me deixam com vontade de ler logo o livro, desse jeito você vai me levar a falência. hahaha.

Suzzy Chiu - 06, junho 2015 às (17:18)

Aiiii gente!!!
Foi tao bom rever o trailer desse filme!! Amooo!
Não sabia que era baseado em um livro!!
Nossa, agora vou ter que ler para saber oq tem de diferente entre os dois! Pq eu sou dessas que ficam comparando…hahaha.
Adoreiii demais!
Bjus

Becca Martins - 08, junho 2015 às (15:37)

Oi Aione!
Eu já vi o filme e amei! Não li nada desse autor ainda. Espero gostar tanto dele como você.
E a capa desse livro é linda! Preciso comprar urgente!
Beijos!

Bruna Thamires - 08, junho 2015 às (16:40)

Eu ainda não vi o filme nem li o livro.
Eu comecei a ler Tudo aquilo que nunca foi dito e acabei abandonando :/
Será que eu vou gostar deste ? Tenho sérias dúvidas.

Taciana Oliveira - 08, junho 2015 às (22:53)

Muito lindo o filme eu simplesmente amei
já perdi as contas de quantas vezes eu já vi.
Ainda não li o livro mas estou ansiosa para ler.

Filipe Mateus - 10, junho 2015 às (16:08)

Oi Oi
Eu amooo Marc Levy!
E claro, já vi o filme.
Ele é um dos meus autores preferidos!!!
Abraços!

Tamara Costa - 12, junho 2015 às (19:59)

Eu não li o livro mas gostei muito do filme, achei uma gracinha :3 Mas devido a suas dicas se eu dia for ler vou tentar não ficar comparando para aproveitar melhor a leitura.

Cristiane Oliveira - 17, junho 2015 às (16:30)

Oi Aione. Eu também já perdi as contas de quantas vezes já assiste a este filme. Adoro! Acho super fofo e divertido. E faz um tempão que quero ler o livro, que pelo que você falou na resenha, segue um pouco diferente, mas é divertido também. Espero poder ler em breve.
Beijos

Thays Suenaga - 21, junho 2015 às (10:00)

Eu até gostei do livro, mas em comparação com o filme, eu fico com o filme. Toda a vida. Não é que o livro não seja bom, mas eu achei um pouco chatinho e enrolado.

Rebeca Kelly - 24, junho 2015 às (13:54)

Perdi as contas de quantas vezes assisti E se fosse verdade. Após ter assistido inúmeras vezes o filme, resolvi ler o livro e me deparei com muitas diferenças, no entanto, gostei mesmo assim! Sou apaixonada pela frase “Não há nada impossível; somente os limites de nossa mente definem determinadas coisas como inconcebíveis” presente na obra. Apesar das diferenças, tanto o livro como o filme são lindos e despertam os mais belos sentimentos no leitor. O amor mostrado na trama é inesquecível! É um dos meus romances preferidos, além da originalidade presente na obra, o amor é desenvolvido de um modo tão singelo que nos conquista no decorrer da leitura.

Mirian Caroline Rodrigues - 28, junho 2015 às (14:45)

Olá Aione tudo bem?
Sou apaixonada por esse filme e chorei litros assistindo ele em todas as 1554856256 vezes que o vi! HAHAHAH … não fazia ideia que tinha o livro vou correndo comprar!! Beijos

Brunna - 05, junho 2018 às (21:22)

Pq será que ele deu esse título ao livro?
Sempre tive essa curiosidade.

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