Título: Beleza Perdida
Autor: Amy Harmon
Editora: Verus
Número de Páginas: 332
Ano de Publicação: 2015
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Ambrose Young é lindo — alto e musculoso, com cabelos que chegam aos ombros e olhos penetrantes. O tipo de beleza que poderia figurar na capa de um romance, e Fern Taylor saberia, pois devora esse tipo de livro desde os treze anos. Mas, por ele ser tão bonito, Fern nunca imaginou que poderia ter Ambrose… até tudo na vida dele mudar.
“Beleza perdida” é a história de uma cidadezinha onde cinco jovens vão para a guerra e apenas um retorna. É uma história sobre perdas — perda coletiva, perda individual, perda da beleza, perda de vidas, perda de identidade, mas também ganhos incalculáveis. É um conto sobre o amor inabalável de uma garota por um guerreiro ferido.
Este é um livro profundo e emocionante sobre a amizade que supera a tristeza, sobre o heroísmo que desafia as definições comuns, além de uma releitura moderna de A Bela e a Fera, que nos faz descobrir que há tanto beleza quanto ferocidade em todos nós.
Desde o instante em que foi anunciado o lançamento de Beleza Perdida me senti atraída pela leitura: a capa é atrativa, o romance promete intensidade e emoção e, principalmente, há uma sutil referência da obra como uma releitura de A Bela e a Fera.
“Não me restou nenhum orgulho, Ambrose! Nenhum orgulho. Mas era o meu orgulho ou a minha vida. Eu precisei escolher. E você também precisa. Você pode ter o seu orgulho e ficar aqui sentado fazendo cupcakes, ficar gordo e velho, e ninguém vai dar a mínima depois de um tempo. Ou você pode trocar esse orgulho por um pouco de humildade e ter a sua vida de volta.”
página 194
A história é narrada em terceira pessoa e tem seus pontos de vista alternados entre as personagens principais. Não costumo ter problemas com a narração em terceira pessoa, mas sinto que, dessa vez, ela acabou influenciando de forma negativa minha leitura. Embora proporcione uma visão mais geral dos fatos, sinto que ela, também, acabou me afastando das emoções das personagens, de forma que eu não tenha conseguido me envolver realmente com elas por todo o livro. Foi como se houvesse uma distância entre eu e a história, e eu a conhecesse sem, de fato, imergir nela. A própria escrita da autora não me causou nenhum encantamento específico; de forma simples, produz uma narrativa fluida e de fácil compreensão, o que contribuiu para meu envolvimento com a leitura, mas não a ponto de alguma característica ter se destacado.
Outro ponto que, para mim, prejudicou minha afeição pelo livro foi a própria abordagem das temáticas envolvidas. Por ser considerada uma releitura moderna de A Bela e a Fera, é esperado que o tema central de Beleza Perdida sejam o amor e o conceito de beleza, algo muito trabalhado por Amy Harmon e, paradoxalmente, o motivo de minha decepção, justamente por essa abordagem. Considerando-se os rumos tomados pelo enredo, achei que o aprofundamento dado à questão das aparências tenha soado superficial, mesmo trazendo lições valorosas no decorrer das páginas. Ambrose Young retorna de uma guerra tendo perdido seus amigos nela e a principal temática explorada é a transformação de sua aparência, bem como a de Fern, ao invés dos complexos sentimentos decorrentes de um trauma tão profundo por ele sofrido. A autora traz sim os sentimentos de Ambrose sobre sua perda e sobre sua experiência como soldado, mas eles ficam em segundo plano, se comparados à temática da beleza. Em minha visão, a história teria um maior e melhor aprofundamento se o foco dos conceitos e sentimentos trabalhados fosse outro.
“Não me restou nenhum orgulho, Ambrose! Nenhum orgulho. Mas era o meu orgulho ou a minha vida. Eu precisei escolher. E você também precisa. Você pode ter o seu orgulho e ficar aqui sentado fazendo cupcakes, ficar gordo e velho, e ninguém vai dar a mínima depois de um tempo. Ou você pode trocar esse orgulho por um pouco de humildade e ter a sua vida de volta.”
página 194
Por conta desses fatores, ao invés de considerar Beleza Perdida uma leitura arrebatadora e intensa, como supus inicialmente, a considerei apenas como agradável. Seria injusto da minha parte não dizer que a história é sim bela, com passagens tocantes e significativas mensagens, afinal, pude enxergar cada um desses elementos durante minha leitura. Contudo, infelizmente não foi uma obra capaz de me marcar, visto que sua intensidade foi insuficiente para realmente atingir minhas emoções. Assim, configura-se como uma boa opção de entretenimento para quem aprecia o estilo, mas, em minha experiência, nada muito além disso.
Oi Mi!
Sua narrativa é muito refinada, adoro o modo como você escreve, parabéns!!
Sobre o livro, a capa já não me atraiu porque me lembrou YAs e estou cansado deste gênero.
Apesar disso fiquei interessada na leitura, pena que o foco ficou na beleza perdida mesmo. Se chegar a lê-lo, volto para contar oq achei!
Bjss
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