Título: A Lista
Autor: Cecelia Ahern
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas: 384
Ano de Publicação: 2015
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Kitty Logan tem 32 anos e aos poucos está perdendo tudo o que conquistou: sua carreira está arruinada; seu namorado a deixou sem um motivo aparente; seu melhor amigo está decepcionado com ela; e o principal: sua confidente e mentora está gravemente doente.
Antes de morrer, Constance deixa um mistério nas mãos de Kitty que pode ser a chave para sua mudança de vida: uma relação de nomes de pessoas desconhecidas. É com base neles que Kitty deverá escrever a melhor matéria de sua carreira.
Quando começa a ouvir o que aquelas pessoas têm a dizer, Kitty aos poucos descobre as conexões entre suas histórias de vida e compreende por que foi escolhida para dar voz a elas.
O simples fato de uma obra ser assinada por Cecelia Ahern já diz muito para mim e carrega toda uma expectativa, motivada pela minha experiência com seus outras livros que já tive a felicidade de ler. Com A Lista não foi diferente, e sua premissa só contribuiu com minha curiosidade.
Após vivenciar o declínio de sua carreira, a progressão da doença de sua estimada amiga e de ter decepcionado as pessoas mais próximas de si, Kitty recebe a tarefa de fazer uma matéria, que pode ser sua última chance de resgatar sua carreira de jornalista. O problema é que ela não faz ideia de qual é o tópico sobre o qual deve escrever, apenas recebeu uma lista com 100 nomes e tem duas semanas para descobrir o que os relaciona.
A primeira coisa a chamar minha atenção na história foi a própria Kitty. Mesmo me sentindo com pena de sua situação, não pude deixar de notar as características de sua personalidade responsáveis por levá-la até o ponto em que chegou. Em meias palavras, Cecelia Ahern fez um ótimo trabalho ao deixar claros os “defeitos” de sua protagonista, trabalhados durante toda a trama. Ao mesmo tempo, ela não fez de Kitty uma personagem difícil de se afeiçoar ou desagradável. Pelo contrário, ela é uma mulher com suas próprias características e uma bagagem de escolhas nas costas – algumas, provavelmente, não muito boas.
“Faria 85 anos na semana seguinte; é claro que ela tinha inúmeras histórias, e é claro que tinha segredos, todo mundo tem. A questão era tentar decidir qual deles Kitty poderia escutar e, depois de todo esse tempo, qual Birdie desejava contar.”
página 92
Conforme a história vai avançando, tanto fui apreciando a maneira de como a autora trabalhou o amadurecimento da protagonista quanto fui me apaixonando pelas personagens que vão surgindo, cada qual com uma história própria e fascinante. Ainda, minha curiosidade para compreender o laço que une cada pessoa da lista apenas cresceu e motivou o meu virar de páginas.
Apesar de ter gostado muito da trama e de muitas passagens terem me emocionado, esse, talvez, tenha sido o livro de Cecelia Ahern com o qual menos me envolvi. Sua narrativa em terceira pessoa não foi uma novidade para mim e nem foi um motivo de distanciamento nos casos anteriores, mas, dessa vez, minha imersão na obra não foi total. Outra questão foi a própria chave do enredo: meu primeiro palpite sobre o que conectaria as pessoas da lista se mostrou correto, então parte da surpresa decorrente da revelação se perdeu para mim.
“Apesar de, depois, ter refletido e chegado à conclusão de que o abraço fora, sim, um comportamento antiprofissional, Kitty pensou que, às vezes, quando há pessoas envolvidas, um negócio tem de deixar de ser um negócio e o ser humano deve vencer.”
página 184
Ainda sobre o final, senti que algumas conclusões se deram de maneira muito rápida, especificiamente uma, de importância fundamental na história. Não acho que o livro deixou de apresentar respostas ao que nos foi contado, mas, talvez, algumas cenas merecessem um maior destaque ou, até mesmo, uma maior elaboração.
De modo geral, A Lista, embora não tenha sido o romance de Cecelia Ahern que mais me cativou, ainda assim me emocionou e mostrou ser uma ótima leitura, com mensagens válidas, como as obras da autora costumam ser. Não apenas uma história de amadurecimento, A Lista é uma obra de superação e de redescoberta sobre valores que, muitas vezes, são perdidos – ou esquecidos – ao longo da vida.
Oi Aione. Estou curiosíssima pra ler este livro. Tanto pela sinopse, quanto por ser da Cecelia, já chama minha tenção. Embora não seja o livro que você tenha mais gostado da autora, tenho certeza de que foi uma ótima leitura, e espero ter a oportunidade de ler em breve também.
Beijos