Título: Cartas Brasileiras
Organização: Sérgio Rodrigues
Editora: Companhia das Letras
Número de Páginas: 232
Ano de Publicação: 2017
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Uma seleção espirituosa e diversificada de oitenta cartas brasileiras inesquecíveis, fartamente ilustrada por fac-símiles das correspondências originais e dezenas de fotos. Intrigas, confissões, ameaças, estratégias, declarações de amor. Descortina-se um universo inimaginável quando se lê a correspondência dos personagens marcantes da história do Brasil. Dando um novo olhar aos fatos já conhecidos e trazendo à luz missivas inéditas ou pouco difundidas, o jornalista Sérgio Rodrigues apresenta uma saborosa coletânea de oitenta cartas dignas de nota, recebidas ou enviadas por escritores, artistas e políticos — de Elis Regina a Olga Benário, de Chico Buarque a Santos Dumont, de Renato Russo a d. Pedro I —, entre outros personagens. Ilustradas por fac-símiles e dezenas de fotos e acompanhadas por breves textos que contextualizam cada carta, as missivas conduzem o leitor por um deleitoso passeio pelos grandes momentos de nossa trajetória. Um convite irrecusável para conhecer o que há de melhor, mais original e imprescindível em nosso país — a partir dos olhos e da intimidade de figuras extraordinárias.
Cartas Brasileiras é uma obra publicada pela editora Companhia das Letras e organizada pelo escritor, crítico literário e jornalista Sérgio Rodrigues. Inspirado no livro Cartas Extraordinárias, de Shaun Usher publicado também pela mesma editora, ambos possuem uma seleção de cartas acertadamente bem elegidas que nos remetem a contextos históricos os quais revelam trajetos pessoais e, por conseguinte desvelam ainda, um outro lado da história dos lugares de origem dos seus autores, nesse caso o Brasil.
A experiência de leitura com esse livro é de uma singularidade adorável. Primeiro, porque a cada página virada e carta lida nos deslumbramos com a harmonia criada em torno da junção literária e histórica traduzida por tais palavras; e segundo, porque Cartas Brasileiras é a tradução de um trabalho em equipe bem-sucedido e idealizado para inebriar os leitores apaixonados por um livro com um belo e atrativo projeto gráfico realizado por Raul Loureiro e com um excelente conteúdo a ser explorado.
Como indica a premissa, temos aqui 80 cartas brasileiras marcantes e escritas pelas mais diferentes pessoas, conhecidas ou não. Nomes como Lampião, Roberto Marinho, Oscar Niemeyer, Getúlio Vargas e Tarsila do Amaral compõem o presente acervo, além dos nossos apreciados escritores como Carlos Drummond de Andrade, Machado de Assis, Manoel de Barros, Mário de Andrade, Clarice Lispector, Hilda Hilst, entre outros.
As cartas em si já são um deleite, mas o que torna a leitura ainda mais interessante é que todas elas apontam para momentos marcantes na vida de quem as escreveu ou dos seus destinatários. Um exemplo é a carta de Olga Benário para Luís Carlos Prestes e Anita Leocadia, escrita em um campo de concentração quando Olga já estava ciente de que no dia seguinte morreria na câmara de gás. Ou então imaginem uma carta escrita por Machado de Assis para Joaquim Nabuco, na qual o mesmo confessa sua tristeza pela morte da sua amada! Em suma, as cartas revelam sentimentos, momentos pessoais que apresentam desde acontecimentos históricos a dramas pessoais, sobretudo, indicam de modo muito pessoal e genuíno traços da memória do país.
Cartas Brasileiras é uma espécie de livro muito singular que nos intima a terminá-lo rapidamente devido ao nosso vertiginoso envolvimento com tão significativas narrações. Apreciei cada momento da leitura e pude constatar que por mais que sejamos, por vezes, opostos em atitudes e convicções, temos muito mais em comum do que podemos imaginar, seja como pessoas em qualquer lugar do mundo ou enquanto brasileiros. Cada um com suas dores, seus amores, suas decepções. Cada um com uma história de vida que diz muito de si e da conjuntura que o circunda. Assim, é feita a história e precisamos conhecê-la. Obra recomendada e digna de releitura.
Oi, Aione.
A maneira que o autor optou por formalizar a história e o contexto geral da mesma, é de certa forma, ímpar e até mesmo íntima.
Em suma, é possível ressaltar a importância de cada história.
Enfim, talvez, em algum momento, eu o leia.