A jovem Poppy Wyatt está prestes a se casar com o homem perfeito e não podia estar mais feliz… Até que, numa bela tarde, ela não só perde o anel de noivado (que está na família do noivo há três gerações) como também seu celular. Mas ela acaba encontrando um telefone abandonado no hotel em que está hospedada. Perfeito! Agora os funcionários podem ligar para ela quando encontrarem seu anel. Quem não gosta nada da história é o dono do celular, o executivo Sam Roxton, que não suporta a ideia de haver alguém bisbilhotando suas mensagens e sua vida pessoal. Mas, depois de alguns torpedos, Poppy e Sam acabam ficando cada vez mais próximos e ela percebe que a maior surpresa da sua vida ainda está por vir.
Acredito que comecei a resenha de Menina de Vinte dessa forma, mas não consigo pensar em outra maneira de iniciar essa também. Não importa o quanto eu considere a Sophie Kinsella minha diva, não importa quantos livros dela eu já tenha lido e ame: ela sempre consegue me surpreender.
Como de hábito, iniciei a leitura de Fiquei Com Seu Número sem saber do que a história tratava. Considerando a autora, eu simplesmente precisava ler e pronto. Logo que comecei, eu já estava presa ao enredo simplesmente por conta de seu humor. Eu adoro o humor de Sophie, a forma como ela cria pensamentos tão naturais e tão cômicos em suas personagens. Ainda que haja muitas situações divertidas em seus livros, elas nem precisariam existir, basta apenas acompanhar o monólogo interno das protagonistas para que você tenha ótimos momentos de diversão. Dei risadas altas em vários momentos que li sozinha e precisei contê-las enquanto lia em público.
Nesse livro, Sophie Kinsella fez uso de um artifício diferente e que teve um ótimo resultado: Notas de Rodapé. Poppy adora notas desse tipo e as insere por toda a narrativa, não sendo nada mais do que sua opinião ou explicação sobre determinado assunto, como se fossem parênteses que ela inseriria em uma conversa. Independentemente dos comentários de Poppy estarem ou não em notas de rodapé, ela me fez rir o livro inteiro. E não posso deixar de citar a enorme quantidade de menções a Poirot, célebre personagem de Agatha Christie.
Algo que me encanta nas personagens de Sophie – pelo menos é uma característica na maioria de suas protagonistas – é a bondade presente nelas. Não que elas sejam santas ou que não cometam erros; impera nelas um ar de ingenuidade, de uma propensão a se importarem com os outros e fazerem o melhor segundo aquilo que acreditam. Ao mesmo tempo, beira nelas um ar de ingenuidade, presente em Poppy, que acaba por agir inocentemente e criando confusões simplesmente por não ser capaz de enxergar más consequências em suas atitudes. É claro que em alguns momentos isso pode irritar, principalmente quando as confusões começam a se agravarem, mas, de um modo geral, sinto um carinho maior por elas quando noto esses traços de inocência.
Como todos os livros da Sophie, há uma questão familiar importante e que é desenvolvida aos poucos durante a leitura. Porém, esse não é o foco do livro, apenas uma parte dele – e confesso ter-me surpreendido, não imaginava a resolução dada. Já o romance *suspiros*foi um dos que mais me agradou. Foi previsível? Sim. Clichê? Sim. Mas fofo, não de uma forma óbvia. E carregado de tensão. E completamente apaixonante.
Um personagem importantíssimo do enredo é o celular de Poppy. Ela acaba desenvolvendo uma relação extremamente afetiva com ele porque, desde o inicio, ele representa a ligação dela com alguma outra coisa. E o celular tem um papel totalmente importante no desenvolvimento da história.
De uma forma geral, o livro me prendeu em cada página, resultado da combinação de uma ótima narrativa e de uma história bem desenvolvida, que se desmembra em diferentes vertentes durante seu desenrolar. Sempre que inicio uma obra de um autor que gosto muito, tenho receio de não gostar do livro, de me decepcionar, mas Sophie acaba sempre me mostrando que não tenho o que temer. Ela conquistou mais um título em minha lista de favoritos.
Preciso me inturmar mais com a Sophie , e não é por falta de livros ,rs já era meio que previsivel que vc iria gostar desse livro.