Título: Boa Noite, Estranho
Autor: Jennifer Weiner
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas: 432
Data de Publicação: 2015
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Para Kate Klein, que, meio por acaso, se tornou mãe de três filhos, o subúrbio trouxe algumas surpresas desagradáveis. Seu marido, antes carinhoso e apaixonado, agora raramente está em casa. As supermães do play-ground insistem em esnobá-la. Os dias se passam entre caronas solidárias e intermináveis jogos de montar. À noite, os melhores orgasmos são do tipo faça você mesma.
Quando uma das mães do bairro é assassinada, Kate chega à conclusão de que esse mistério é uma das coisas mais interessantes que já aconteceram em Upchurch, Connecticut, nos últimos tempos. Embora o delegado tenha advertido que a investigação criminal é trabalho para profissionais, Kate se lança em uma apuração paralela dos fatos das 8h45 às 11h30 às segundas, quartas e sextas, enquanto as crianças estão na creche.
À medida que Kate mergulha mais e mais fundo no passado da vítima, ela descobre os segredos e mentiras por trás das cercas brancas de Upchurch e começa a repensar as escolhas e compromissos de toda mulher moderna ao oscilar entre obrigações e independência, cidades pequenas e metrópoles, ser mãe e não ser.
Boa Noite, Estranho é o Mistery Lit – subgênero do chick-lit – de Jennifer Weiner publicado esse mês pela editora Novo Conceito. Através de uma narrativa hilária, temos a investigação de um assassinato pela protagonista, mãe e dona de casa, Kate Klein.
Em primeira pessoa, a história se desenvolve trazendo não apenas o tempo presente, mas também flashbacks do passado de Kate, contando ao leitor, assim, momentos de sua infância, adolescência e início da vida adulta, essenciais para compreendermos quem é a personagem atualmente. Kate acaba se interessando pela investigação do assassinato de Kitty, uma das mães de seu bairro, por diversos motivos. A personagem sente falta de se envolver com outras tarefas que não as de mãe e dona de casa, além de se ressentir do fato de não se considerar uma boa mãe, como as mães perfeitas de seu bairro, e, ao se aprofundar na investigação, acaba tendo uma visão de Kitty que pode quebrar a imagem de perfeição que faz da vizinha. Acima de tudo, pela primeira vez Kate tem a sensação de ser realmente boa em algo que se propõe a fazer.
“Eu sabia por que minha amiga estava tão apavorada. Em sua primeira visita a Upchurch, Janie tinha sido encurralada na feira de artes da creche por Marybeth Coe, que lhe descrevera em detalhes como estava criando seu filho recém-nascido, sem fraldas, ‘entrando em contato com seus ritmos naturais’ e o colocando em cima do que antes era uma saladeira quando sentia que ele estava pronto. Jamie se proclamou marcada pelo resto da vida por essa experiência. Ela me disse que levou semanas até voltar a comer salada.”
páginas 57 e 58
A escrita de Jennifer Weiner é cômica tanto pelas situações vividas por Kate e os personagens que a rodeiam quanto pelos próprios pensamentos da protagonista. A autora sabe em quais momentos deve inserir suas piadas e, assim, cria com maestria momentos divertidos durante a leitura. Foram várias as passagens que me peguei rindo, um ponto mais do que positivo para a obra.
Sobre o mistério, achei que a autora conseguiu desenvolvê-lo muito bem, criando uma teia interessante de fatos que culminaram em um desfecho imprevisto por mim. Fiquei satisfeita com o suspense, ainda que ele não tenha sido eletrizante ao longo das páginas.
“Dez segundos depois, meia dúzia de mães abriram meia dúzia de saquinhos de lanche a vácuo e tiraram meia dúzia de verdadeiros estudos sobre alimento saudável. Peyton mordiscava vagem cozida no vapor tirada de um Tupper-ware. Charlie Gwinnell mastigava bolinhos de legumes, enquanto Tristão e Isolda comiam pão de nove grãos com pasta de castanha e soja. Meus três filhos vieram correndo e ficaram me olhando, na expectativa. Disfarcei remexendo na sacola, como se realmente tivesse me lembrado de colocar algo ali dentro, ou como se a Fada Madrinha do Petisco tivesse feito uma visita durante a noite. Só achei pastilhas para tosse e metade de uma barra de chocolate derretida.”
página 160
Entretanto, o final da obra acabou me decepcionando um pouco por ser aberto com relação a uma das partes da vida de Kate, não deixando claro o caminho tomado pela protagonista. Pesquisando no site da autora, quando perguntada sobre o final de Boa Noite, Estranho (Goodnight Nobody no original), Jennifer Weiner revelou que gostou tanto de escrever sobre as personagens do livro que certamente voltará a escrever sobre elas no futuro, e, então, responderá todas as questões não finalizadas. Pelo que pude entender, também, tanto Kate quanto sua melhor amiga, Janie, aparecem em Then Came You (não publicado no Brasil), posterior a Goodnight Nobody, mas como personagens secundárias.
De modo geral, Boa Noite, Estranho cumpre com seu papel de chick-lit por se aprofundar nos questionamentos de Kate como mãe, esposa e mulher, ao mesmo tempo em que agrada como suspense, porém desenvolvido de uma maneira leve e divertida. Embora não tenha sido um livro extremamente envolvente em seu desenrolar, foi uma leitura agradável, recomendada a quem procura um bom entretenimento.
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Já estava bastante interessada em ler esse livro só pela sinopse, curto muito chick-lit e esse resenha me deixou ainda ansiosa em conferi essa história que parece ser super divertida, fiquei doida pra ler.